Geopolítica

EUA anunciam revisão de acordo comercial com a China

Os EUA querem verificar se o país asiático está atuando conforme os termos combinados no pacto

Renda fixa nos EUA
Renda fixa nos EUA / Divulgação

O acordo comercial e econômico que os EUA mantêm com a China passará por uma revisão, conforme anunciado pelo USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA) do país norte-americano, nesta sexta-feira (24).

Os EUA querem verificar se o país asiático está atuando conforme os termos combinados no pacto. 

O acordo com a China foi firmado no começo de 2020, pouco antes da pandemia de Covid-19 eclodir. Além disso, o documento determina metas para importações de produtos americanos pelos chineses.

Em paralelo a isso, o USTR também informou que revisará práticas comerciais que possam ser consideradas injustas para os EUA, incluindo aquelas que, de maneira “irrazoável e discriminatória” restrinjam o comércio norte-americano.

Os anúncios integram a série de medidas que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem tomado nos primeiros dias de governo. Além das ameaças de tarifas de importação no país, o republicano também prometeu fazer uma reforma abrangente no sistema comercial.

Trump: tarifas levarão bilhões até trilhões para Tesouro dos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a imposição de tarifas de importação para o país levará bilhões e até trilhões de dólares para o Tesouro norte-americano. Segundo o republicano, há também a pretensão de “exigir que as taxas de juro recuem imediatamente” porque as suas políticas reduziriam os preços do petróleo.

Trump também afirmou que o aumento da produção de petróleo significa uma pressão descendente sobre os custos de energia, diminuindo a inflação. As declarações foram feitas durante a participação virtual do republicano no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

As taxas de juro são em grande parte determinadas pelos mercados financeiros e pelas políticas do Fed (Federal Reserve).

Em paralelo aos comentários, a relação entre Trump e o presidente do Fed, Jerome Powell, tem sido controversa, com críticas do chefe do banco central dos EUA durante o seu primeiro mandato porque Powell manteve as taxas mais altas do que Trump gostaria, a fim de reduzir os riscos inflacionários.