As ondas de calor que acometem os EUA, afetando a vida de milhões de norte-americanos, podem empenar telhados, deformar asfaltos de ruas e estradas, secar colheitas e interromper o fornecimento de energia. Diversos desses danos são difíceis de quantificar e não serão cobertos por seguradoras.
Atualmente, as cidades dos EUA, as agências reguladoras e as companhias começaram a apontar os custos cada vez maiores das ondas de calor, que geram prejuízos de dezenas de bilhões de dólares todos os anos.
“O calor extremo não é apenas um fenômeno climático”, disse, de acordo com o “Valor”, Ricardo Lara, comissário de seguros da Califórnia, após publicar, agora em julho, um relatório sobre o impacto econômico e humano das extremas ondas de calor.
“É um desastre silencioso e progressivo que causa devastação… para a saúde, a economia e a infraestrutura”, acrescentou ele.
Segundo os dados do governo norte-americano, as ondas de calor têm se intensificado, durando mais tempo e são três vezes mais frequentes do que há 60 anos. As projeções apontam que essa tendência de aumento persista, considerando que as mudanças climáticas expõem mais áreas vulneráveis a altas temperaturas, que alcançam recordes, como nas últimas semanas.
EUA: alta da perda de crédito sinaliza recuo na economia
Apesar de alguns dos maiores bancos dos EUA terem apresentado resultados positivos na temporada de balanços do segundo trimestre, os resultados também sinalizaram preocupações com um estresse financeiro norte-americano.
Ao BP Money, Kevin C. Gervasoni, trader do TC S.A, o aumento na perda de crédito é “um sinal claro de que a economia não está bem”.
Isso por que os resultados dos bancos normalmente são vistos pelo mercado como um indicador líder do que está por vir na economia.
A temporara de balanço dos bancos norte-americanos deixa como vestígio os sinais de que empresas e consumidores estão enfrentando problemas financeiros, o que pode levar a um aumento na inadimplência de empréstimos.
O Gervasoni menciona o relatório do JPMorgan Chase, que levantou preocupações sobre a deterioração na qualidade do crédito, reforçando a ideia de que as condições econômicas estão enfraquecendo.