Trégua tarifária

EUA: confiança do consumidor cresce 12,3 pontos em maio

O aumento mensal foi impulsionado principalmente pelo aumento das expectativas do consumidor

Fonte: reprodução/Forbes
Fonte: reprodução/Forbes

A confiança do consumidor nos EUA apresentou recuperação em maio com o índice subindo 12,3 pontos, atingindo 98,00 ante 85,7 em abril. Os dados foram divulgados pelo conference board nesta terça-feira (27) e superou as previsões do mercado pela primeira vez desde o fim de 2024.

O levantamento sobre o Índice de Expectativas, que avalia as perspectivas de curto prazo dos consumidores sobre renda, negócios e perspectivas de emprego, saltou 17,4 pontos, atingindo 72,8 em maio. Os resultados revelam uma calmaria no espírito coletivo alimentada por uma trégua na guerra tarifária e redução da inflação.

“A confiança do consumidor melhorou em maio após cinco meses consecutivos de queda”, destacou Stephanie Guichard, economista sênior do The Conference Board. Ela acrescentou que a recuperação da confiança começou antes mesmo do acordo comercial entre EUA e China em 12 de maio e acelerou posteriormente.

O aumento mensal foi impulsionado principalmente pelo aumento das expectativas do consumidor, com melhoras nos três componentes do Índice de Expectativas: perspectivas de negócios, emprego e renda. As informações foram apuradas pelo portal Veja.

Análise dos resultados e Perspectivas

Apesar dos bons resultados, especialistas indicam que os números ainda não podem ser interpretados como uma luz verde para o consumo. A avaliação sobre a situação atual do mercado de trabalho, embora em patamar elevado (135,9), mostra um sentimento de desconfiança com a economia.

“Embora os consumidores estivessem mais otimistas em relação às condições de negócios atuais do que no mês passado, sua avaliação da disponibilidade de empregos atual enfraqueceu pelo quinto mês consecutivo”, alerta Guichard.

Vendas de moradias novas nos EUA sobem 13,5% em abril

As vendas de moradias novas nos EUA registraram um crescimento expressivo de 13,5% em abril na comparação com março, totalizando 743 mil unidades comercializadas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Census Bureau. O resultado superou amplamente as expectativas do mercado, que projetava uma queda de 4% no período.

A leitura de março foi revisada para baixo, de 693 mil para 670 mil unidades, o que torna o desempenho de abril ainda mais significativo. Em relação ao mesmo mês de 2024, o avanço foi de 3,3%, sinalizando uma retomada gradual do setor imobiliário norte-americano, mesmo diante de juros elevados e condições de crédito mais restritivas.