O custo unitário da mão de obra nos EUA avançou 4% no primeiro trimestre de 2024, informou o Departamento de Trabalho do país nesta quinta-feira (6).
O resultado ficou abaixo da estimativa preliminar e do consenso de analistas consultados pela FactSet, de acréscimo de 4,7% em ambos os casos
Também foi divulgado que a produtividade do trabalho do setor empresarial não agrícola aumentou 0,2% no primeiro trimestre de 2024, à medida que a produção aumentou 0,9%. Já as horas trabalhadas cresceram 0,6%.
EUA: abertura de vagas de emprego cai ao menor nível desde 2021
Os EUA registraram a abertura de 8,059 milhões de vagas de emprego em abril, de acordo com o relatório Jolts, publicado nesta terça-feira (4) pelo Departamento do Trabalho do país.
O resultado indica um recuo de 296 mil postos em comparação com o mês anterior e marca o menor nível desde fevereiro de 2021.
A abertura de postos de trabalho em abril ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava 8,34 milhões de vagas disponíveis.
Ao longo do mês, tanto o número de contratações quanto o total de desligamentos foram pouco alterados, em 5,6 milhões e 5,3 milhões, respectivamente.
O número de vagas de emprego em março foi revisado para baixo em 133 mil, para 8,4 milhões. O número de contratações foi revisado para cima em 117 mil, para 5,6 milhões, e o número de separações cresceu 130 mil, para 5,3 milhões.
Na avaliação de Fabio Murad, sócio da Ipê Avaliações, resultado demonstra “suavização” no mercado de trabalho norte-americano.
“O número indica um arrefecimento na demanda por mão de obra. Esta diminuição foi observada, principalmente, nos setores de saúde e assistência social e na educação do governo estadual e local. Por outro lado, a taxa de desistências permaneceu inalterada em 2,2%, sugerindo que a confiança dos trabalhadores na economia ainda é sólida. As demissões, que totalizaram 1.515 milhões em abril, também diminuíram ligeiramente em relação a março e abril de 2023”, pontuou Murad.
Segundo Fabio, portanto, apesar da desaceleração na criação de empregos, o mercado de trabalho nos EUA continua resiliente, “com trabalhadores confiantes e demissões em declínio”.