Tarifas continuam

EUA e China encerram primeiro dia de negociação sem avanços

No entanto, na visão de alguns analistas, as chances de uma redução nas tarifas entre EUA e China continuam baixas

Foto: EUA e China / CanvaPro
Foto: EUA e China / CanvaPro

A aguardada rodada de negociações sobre as tarifas de importação entre os EUA e a China não acabou como esperado. As principais autoridades econômicas dos países encerraram o primeiro dia de reuniões neste sábado (10), abrindo caminho para um segundo encontro neste domingo (11). 

Consideradas as duas maiores economias mundiais, EUA e China têm vivido, desde o mês de abril, uma guerra comercial, provocada pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que aumentou os impostos sobre produtos chineses para 145%.

Em resposta, os produtos norte-americanos foram taxados em 125% pela China, o que praticamente paralisou os negócios e comércio entre as duas nações, elevando também o risco de uma desaceleração global.

Ainda sobre as negociações, após a primeira reunião nenhuma comunicado oficial foi divulgado, porém o retorno ao diálogo foi interpretado como um possível sinal de distensão, segundo o InfoMoney

No entanto, na visão de alguns analistas, as chances de uma redução nas tarifas continuam baixas. Espera-se que esses dias de reunião sirvam para EUA e China delinearem suas demandas e estabelecerem as bases para futuras negociações.

Guerra comercial entre EUA e China é oportunidade para agro brasileiro

guerra comercial tem ocupado espaço no noticiário econômico, especialmente pelas movimentações de Donald Trump, presidente dos EUA. Como resultado, o Brasil pode estar diante de uma oportunidade para o agro do país.

Recentemente, foi anunciado que a China comprou 2,4 milhões de toneladas de soja brasileira, em meio à guerra comercial que o país tem vivido com os EUA. O volume representa quase um terço do processamento mensal chinês. Já prevendo possíveis impasses, importadores chineses realizaram compras antecipadas de soja brasileira no final de 2024. O movimentou assegurou o abastecimento e mitigou riscos associados às tensões comerciais.

Em meio às taxações, a soja dos EUA passou a ser menos competitiva no mercado asiático, incentivando a China a buscar fornecedores alternativos, como o Brasil.

“A China agora praticamente não tem tanta negociação a ser feita com os Estados Unidos. Ela [a China] é a nossa maior parceira comercial, principalmente nesse setor. Em troca de acelerar a economia e manter essa movimentação positiva, o que ela faz? Ela acaba fechando negócio conosco, que somos seus grandes parceiros comerciais”, disse Bruno Cotrim, economista da casa de análise Top Gain.

Por outro lado, o Brasil alcançou uma safra recorde de soja em 2025, estimada em mais de 170 milhões de toneladas, o que elevou a disponibilidade do produto para exportação e fortaleceu a posição do país como fornecedor confiável para a China.