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EUA: empresas aceleram cortes de empregos em agosto

Os empregadores dos EUA anunciaram 75.891 cortes de empregos em agosto, um aumento de 193% em relação ao mês passado

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EUA / Foto: Unsplash

Os empregadores nos EUA anunciaram 75.891 cortes de empregos em agosto, um aumento significativo de 193% em comparação aos 25.885 cortes registrados no mês anterior, e 1% acima do total observado no mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5) pela Challenger, Gray & Christmas, uma empresa global de recolocação, negócios e coaching executivo.

No acumulado do ano, as empresas dos EUA anunciaram 536.421 cortes de empregos, representando uma redução de 3,7% em comparação aos 557.057 cortes divulgados até agosto do ano passado.

Excluindo os 115.762 cortes de empregos anunciados em agosto de 2020, período fortemente impactado pela pandemia de Covid-19, o último mês de agosto registrou o maior número de demissões para esse mês desde 2009, quando foram contabilizadas 76.456 dispensas.

De acordo com Andrew Challenger, vice-presidente sênior da Challenger, Gray & Christmas, o aumento nos cortes de empregos em agosto reflete a crescente incerteza econômica e as mudanças na dinâmica do mercado de trabalho.

“As empresas estão enfrentando uma variedade de pressões, desde o aumento dos custos operacionais até preocupações com uma possível desaceleração econômica, levando-as a tomar decisões difíceis sobre o gerenciamento da força de trabalho”, comentou em nota.

“Os cortes estão seguindo uma tendência muito semelhante do ano passado, já que as pressões contínuas desafiaram as decisões trabalhistas”, acrescentou.

Setor com maior número de cortes nos EUA

Em agosto, o setor de tecnologia registrou 39.563 cortes de empregos, o maior número em 20 meses, ficando atrás apenas dos 41.829 cortes ocorridos em janeiro de 2023. No acumulado do ano, o setor totalizou 105.426 demissões, uma redução de 29% em comparação aos 149.452 cortes anunciados no mesmo período do ano passado.

“O setor de tecnologia está passando de um foco de crescimento e inovação para um de lucratividade e eficiência. A adoção de IA e automação também está impulsionando cortes de empregos em empresas de tecnologia em todas as funções e funções”, comentou Challenger.

Por fim, o executivo ressaltou que esse talento, contudo, segue em alta demanda. “Muitos desses profissionais vão pousar em outros lugares, dentro e fora da indústria de tecnologia. Dito isso, estamos entrando em um período de contratações mais lentas, então pode demorar mais do que em qualquer momento da última década”, previu.