Economia

EUA está se distanciando da recessão, aponta ex-diretor do BC

Ex-diretor do BC diz que forte economia “não deveria assustar”. “O ritmo de crescimento dos EUA é mais para 2,5% do que para 4%", declara.

O gerente de portfólio da Itaú Asset e ex-diretor do BC (Banco Central), Bruno Serra, afirmou que os EUA parece estar se distanciando de uma recessão. “A economia americana está bem mais forte do que a gente esperaria, dado o nível de juros”, disse, de acordo com o “Suno”.

“A parte de saúde e educação no payroll, sobretudo, tem se ajustado após o período da pandemia, durante o qual era mais difícil gerar trabalho nesses setores pelo contato pessoal, risco de contaminação, etc.”, declarou o ex-diretor do BC durante a “Economia em Foco: Desafios e Oportunidades Globais”, do BTG Summit.

Contudo, ele acrescentou que a forte economia “não deveria assustar”. “O ritmo de crescimento dos EUA é mais para 2,5% do que para 4%. A gente acredita que a fortaleza da economia americana no segundo semestre do ano passado talvez não seja tão verdade assim”, declarou.

Mercado reduz chance de cortes de juros nos EUA em junho após PPI

O mercado financeiro reduziu significativamente a probabilidade de um corte nos juros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) em junho, após a divulgação, nesta sexta-feira (16), do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, acima do esperado, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

Os investidores também alteraram a precificação para o relaxamento monetário até dezembro, vendo agora maior probabilidade de um ciclo menos agressivo. As informações são do Estadão.

Após os dados do PPI, tornou-se majoritária a probabilidade de redução de 75 pontos-base das taxas de juros até o fim de 2024.

A ferramenta do CME indica chance de 30,9% de que as taxas terminem o ano no intervalo de 4,50% a 4,75%, enquanto antes do PPI a probabilidade era de 28,6%.

A segunda maior probabilidade é a de redução de 100 pontos-base, que passou de 31,6% de antes do dado para 29,2%. Também aumentou a chance de cortes de apenas 50 pontos-base, avançando de 13,9% antes do dado para 17,5% agora.