Incertezas no ar

EUA: incertezas sobre economia do país dominam ata do Fomc

Os membros do Fomc entendem que possíveis movimentações podem pesar ainda mais sobre a demanda agregada.

Foto: Katie Ricks / Divulgação Casa Branca
Foto: Katie Ricks / Divulgação Casa Branca

Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, divulgou a ata de sua reunião nesta quarta-feira (10). O encontro foi permeado por discussões referente as incertezas sobre futuro da atividade econômica norte-americana.

Na ocasião, o comitê optou por manter os juros básicos dos EUA no mesmo patamar. A taxa sofre variação de 5,25% a 5,50% ao ano desde julho de 2023.

O documento do Fed aponta os membros do Fomc entendem que possíveis movimentações podem pesar ainda mais sobre a demanda agregada.

“De modo geral, os participantes destacaram sua incerteza quanto à persistência da inflação elevada e expressaram a opinião de que dados recentes não haviam aumentado sua confiança de que a inflação esteja se movendo de forma sustentável para 2%”, pontou os membros na ata, de acordo com a “Reuters”.

O também sinaliza que, durante a reunião, foram citados indicadores que apontaram para uma forte dinâmica econômica e leituras fracas sobre a inflação nos últimos meses.

“Os participantes salientaram a importância de continuar a comunicar claramente a abordagem dependente de dados do Comitê na formulação da política monetária e o forte compromisso de alcançar os seus objetivos de duplo mandato, de máximo emprego e estabilidade de preços”, disse o texto.

Ainda sobre a política monetária, os membros concordaram haver uma sólida expansão na atividade econômica. Segundo o “InfoMoney”, também foi mencionado que os ganhos de emprego se mantiveram forte, ao passo que a taxa de desemprego se manteve pequena.

EUA: dirigente do Fed prefere adiar cortes a assumir riscos

A presidente da distrital de Cleveland do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Loretta Mester, declarou não haver motivos para a instituição correr o risco de cortar os juros antes do período necessário, em meio a uma fraca atividade econômica.

Ela entende que o risco de um afrouxamento prematuro é maior que adiar os cortes por mais tempo até os EUA estarem num cenário ideal.

“Continuo achando que o cenário mais provável é que a inflação continue em sua trajetória de queda para 2% ao longo do tempo. Mas preciso ver mais dados para aumentar minha confiança”, afirmou a dirigente em discurso, de acordo com o “Valor”.