EUA: inflação ‘teimosa’ não deve afetar decisão do Fed

O CPI (índice de preços ao consumidor) de novembro, nos EUA, trouxe perspectivas mistas para os mercados. O dado que mais chamou atenção foi a alta de 0,31%, levemente acima do esperado por economistas, assim como o núcleo. Contudo, a composição do indicador no mês foi vista como benigna pelos especialistas.

Com isso, os dados de inflação devem apresentar pouca influência na decisão sobre política monetária do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, na próxima semana. A previsão é que haja um corte de 0,25 p.p. (ponto percentual) na taxa de Fed Funds.

Segundo economistas, a visão é que o mercado de trabalho seguirá como fator considerado com mais relevância pelo Banco Central dos EUA. Contudo, o comportamento da inflação aponta que os encontros de 2025 do Fomc devem ser marcados por maior cautela, com a adoção de pausas nos cortes sendo o movimento mais citado.

Na perspectiva de Isadora Junqueira, economista da AZ Quest, os sinais mistos do CPI fortalecem a previsão de uma visão de mais longo prazo incerta para a política de juros do país. Em relação a novembro, ela destacou que os preços dos serviços tiveram um comportamento mais benigno, enquanto os bens desempenharam um papel diferente, principalmente o vestuário e os carros usados. As informações são do “InfoMoney”.