Os pedidos de auxílio desemprego nos EUA subiram para 243 mil na semana encerrada em 13 de julho, segundo informou, nesta quinta-feira (18), o Departamento do Trabalho do país.
O resultado ficou acima das expectativas do consenso LSEG, que esperava 230 mil solicitações na semana. Já o dado da semana passada foi revisado para cima, de 222 mil para 223 mil.
A média móvel de quatro semanas foi de 234.750, uma alta de 1.000 em relação à média revisada da semana anterior, que passou de 233.500 para 233.750.
A taxa antecipada de desemprego segurado ajustada sazonalmente permaneceu inalterada em 1,2% na semana encerrada em 6 de julho – esse cálculo é apresentado com uma semana de defasagem ante os dados gerais.
O número total para o desemprego segurado nos EUA durante a semana encerrada em 6 de julho foi de 1,867 milhão, uma alta de 20 mil em relação ao nível revisado da semana anterior, que passou de 1,847 milhão.
Este é o nível mais alto de desemprego segurado desde 27 de novembro de 2021, quando atingiu 1,878 milhão.
EUA: Livro Bege trouxe ‘análise dovish da economia’, disse especialista
O Livro Bege, divulgado nesta quarta-feira (17), apontou que a economia norte-americana caminhou em direção ao equilíbrio entre inflação e mercado de trabalho.
O economista-chefe da Monte Bravo Corretora, Luciano Costa, sinalizou que o Livro Bege trouxe “uma análise bem ‘dovish’ da economia”.
“No geral, nas três sessões principais, na análise de atividade, do mercado de trabalho e de preços, a caracterização foi de uma economia crescendo num ritmo modesto, com um salário subindo num ritmo moderado, sem grandes pressões de custos também”, disse ele.
O documento descreve a situação econômica dos EUA por meio de entrevistas conduzidas por cada um dos 12 distritos do Fed (Federal Reserve).
Nele são tratadas três categorias gerais: atividade econômica geral, empregos e salários, e preços.
Os dados do relatório apontaram que a economia manteve um ritmo moderado de expansão na maior parte dos distritos. Contudo, houve relatos de enfraquecimento do emprego no setor industrial e melhora na oferta de mão de obra.
No entendimento de Costa, o documento de fato trouxe sinais de equilíbrio, especialmente “na demanda para o trabalho”.
Além disso, ele acrescentou que, em relação à inflação, com a ausência de grandes pressões de preços nas cadeias, o relatório é favorável.
“Com a inflação ‘domada’, ou a caminho de sê-lo, o Fed deverá iniciar os cortes de juros a partir de setembro”, acrescentou Ricardo Rodil, economista e líder do Mercado de Capitais da Crowe Macro Brasil.