Segundo Fed

EUA: produção da indústria cresce 0,5%; acima das expectativas

Depois de ter crescido 1% em dezembro, o índice acumulou alta de 2% ao final de 2024

Foto: Pexels / indústria
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A produção industrial dos EUA subiu 0,5% em janeiro de 2025, acima das expectativas de analistas que contavam com alta de 0,3%. Depois de ter crescido 1% em dezembro, o índice acumulou alta de 2% ao final de 2024.

Como apurou o jornal Valor Econômico, a atividade manufatureira dos EUA caiu 0,1% em janeiro influenciada pela baixa de 5,2% em veículos e peças. O relatório divulgado pelo Fed também destacou o recuo do setor de mineração em 1,2% na comparação mensal, contudo, os serviços essenciais cresceram 7,2%.

O Banco Central Americano mostrou ainda que a utilização da capacidade da indústria subiu para 77,8% em janeiro após ficar em 77,5% em dezembro. O resultado, entretanto, ficou 1,8p. p abaixo da média de longo prazo.

PPI: inflação ao produtor sobe 0,4% nos EUA, acima do esperado

PPI (índice de preços ao produtor) dos EUA cresceu 0,4% em janeiro, de acordo com dados do BLS (Escritório de Estatísticas Trabalhistas) divulgados nesta quinta-feira (13). A alta ficou acima das expectativas de analistas, que previam um aumento de 0,3%. Já o núcleo do índice, que exclui itens mais voláteis como energia e alimentação, subiu 0,3%.

O núcleo do PPI está dentro das expectativas do mercado. Em relação a janeiro de 2024, o núcleo do PPI cresceu 3,4%, contra um aumento de 3,3% em dezembro.

O BLS também divulgou uma correção no índice de dezembro, que avançou 0,5% considerando todos os itens e 0,4% no núcleo.

Tarifa sobre etanol impacta empresas e estados dos EUA

Evandro Gussi, diretor-presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), expressou nesta quinta-feira (13) sua preocupação com a possível elevação da tarifa sobre as importações de etanol dos EUA. Ele ressaltou que o setor está mantendo diálogos com o governo brasileiro sobre essa questão.

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem para implementar tarifas recíprocas, direcionadas a países que, segundo os EUA, impõem impostos sobre seus produtos. O etanol brasileiro (é feito de cana, e o norte-americano, de milho) foi mencionado como um dos exemplos dessa medida.

“Eu lamento essa postura do presidente [Trump], na medida que ele coloca como alvos de reciprocidade dois produtos que são absolutamente diferentes”, afirmou Gussi.