Aquecimento

EUA: produção industrial cresce 0,8% em agosto

Dado foi motivado pela recuperação no índice de veículos automotores e peças, que saltou quase 10% em agosto após recuo de 9% em julho

Produção industrial
Foto: Pixabay

A produção industrial dos EUA dá sinais de aquecimento, com alta de 0,8% em agosto, informou o Fed (Federal Reserve) nesta terça-feira (17). Em julho, a atividade teve queda de 0,9% em julho.

Especificamente, o setor de manufatura avançou 0,9% em agosto após cair 0,7% no mês anterior. Esse padrão foi motivado em parte por uma recuperação no índice de veículos automotores e peças, que saltou quase 10% em agosto após recuo de 9% em julho.

Excluindo os veículos automotores e peças, no entanto, a manufatura cresceu apenas 0,3% em agosto.

O índice de mineração subiu 0,8%, enquanto o índice de serviços públicos ficou estável no mês.

A utilização da capacidade subiu de 77,4% em julho para 78,0% em agosto, uma taxa que está 1,7 ponto percentual abaixo de sua média de longo prazo (1972–2023).

EUA: vendas do varejo sobem 0,1% em agosto, acima do esperado

As vendas do varejo nos EUA cresceram 0,1% no mês de agosto em comparação ao mês anterior, totalizando US$ 710,8 bilhões, informou o Departamente de Trabalho do país.

O resultado ficou acima das expectativas de analistas, que previam queda de 0,2% nas vendas do varejo.

Em julho, o resultado fori revisado de alta de 1% para 1,1%. Na comparação com agosto de 2023, as vendas no varejo subiram 2,1%.

Em agosto, as vendas no varejo excluindo automóveis tiveram elevação de 0,1% na comparação mensal, ante projeção de alta de 0,2%.

‘Super Quarta’: o que o mercado vê

A tão famosa Super Quarta tem movimentado os mercados nos últimos dias. Nesta manhã de segunda-feira (16), as apostas para um corte de juros pelo Fomc (Federal Open Market Committee), do Fed (Federal Reserve), de 0,50 p.p (ponto percentual) superaram a probabilidade de um corte menor.

Dados do CME FedWatch apontam que a probabilidade de um corte de juros pelo Fed de 0,50 p.p está em 65%, enquanto as apostas para um corte menor, de 0,25 p.p, estão em 35%, na Super Quarta.

De acordo com o “Wall Street Journal”, o debate sobre a dimensão do primeiro ajuste se mantém. A métrica de Nick Timiraos sugere que a justificativa para iniciar cortes menores é que a economia norte-americana é fundamentalmente boa.

Essa tese também é reforçada por alguns analistas, que acreditam que um corte de maior proporção poderia sugerir maior alarme sobre a saúde da economia do país e fazer o mercado antecipar um ritmo mais rápido de ajustes nos juros, conforme informações do “InfoMoney”.