EUA: retorno de Powell deve impulsionar juros do tesouro

A avaliação é do economista Michael Feroli, do J.P. Morgan.

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de manter Jerome Powell ao cargo de presidente do Federal Reserve (Fed) (veja mais aqui) reverberou nos rendimentos do Tesouro norte-americano que saltaram ao longo da curva de juros. 

Além de Powell, a diretora Lael Brainard era uma das candidatas à presidência do Fed, mas será indicada para a vice-presidência, cargo que hoje é ocupado por Richard Clarida.

De acordo com o economista Michael Feroli, do J.P. Morgan, as recentes nomeações podem implicar na continuidade da política, mas destaca não ver possibilidade de mudanças extremas nos rumos da política monetária nos EUA.

“Brainard poderia ter sido uma escolha um pouco mais a favor de juros baixos para o comando do Fed do que Powell. Talvez, mais importante, se Brainard tivesse sido escolhida como presidente em vez de Powell, isso implicaria que o governo Biden teria quatro vagas para preencher em vez de três, o que provavelmente significaria um comitê mais a favor de juros baixos no próximo ano”, disse Feroli.

Na tarde desta segunda- feira (22), o retorno da T-note de dois anos subiu 6,1 pontos-base, para 0,578%. A oscilação também foi impulsionada pelo leilão de papéis de dois anos, cuja demanda ficou bem abaixo da média.