Semicondutores

EUA superam China como destino de exportação da Asean

Os dados compilados pelo “Nikkei Asia” mostram que as exportações da Asean para os EUA somaram US$ 67,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024

Bandeira dos EUA/ Foto: Freepik
Bandeira dos EUA/ Foto: Freepik

As exportações dos países da ASsean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) para os EUA entre janeiro e março superaram as da China pela primeira vez em seis trimestres. O comércio da região aparentemente está mudando em linha com os movimentos na cadeia de abastecimento global.

Os dados compilados pelo “Nikkei Asia” mostram que as exportações da Asean para os EUA somaram US$ 67,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024. As exportações com destino à China chegaram a US$ 57 bilhões.

Para o levantamento, o “Nikkei Asia” coletou dados dos 10 membros da Asean, baseando-se em estatísticas dos secretariados do bloco, de governos individuais e de relatórios da mídia local.

Especialistas apontaram que a tendência reflete a crescente aquisição de semicondutores e peças elétricas da Asean pelos EUA e a fraca economia chinesa.

As exportações da Malásia para as regiões norte-americanas cresceram 8% na comparação anual, ao passo que as exportações para a China reduziram 3,3%.

“A tendência atual é impulsionada por fatores estruturais e cíclicos”, afirmou a economista Intan Nadia Jalil, do Grupo CIMB, ao “Nikkei Asia”, de acordo com o “Valor”.

“Embora a China continue a ser parte integrante da cadeia de valor elétrica e eletrônica, o aumento dos custos, bem como fatores políticos e institucionais – os principais dos quais são as tensões comerciais entre as duas superpotências – têm levado cada vez mais as empresas dos EUA a se deslocarem da China, sendo a Malásia um dos beneficiários”, acrescentou.

PPI dos EUA surpreende e recua 0,2% em maio

PPI (índice de preços ao produtor) dos EUA surpreendeu com recuo de 0,2% no mês de maio, após avanço de 0,5% em abril, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (13).

Já o núcleo do PPI – que exclui itens voláteis como energia, alimentos e comércio – ficou estável em maio, depois de subir 0,3% em abril.

Especialistas previsam alta de 0,1%. Nos 12 meses até maio, o índice aumentou 2,2%, depois de subir 2,3% em abril.