Juros

EUA: Treasuries fecham mistos após fala de membros do Fed

A Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, destacou positivamente a resiliência do mercado de trabalho norte-americano.

Foto: Pxabay
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Os juros dos Treasuries operaram de forma mista no pregão desta segunda-feira (6), enquanto investidores digeriam novos sinais em relação à política monetária do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA.

De um lado, os dirigentes Tom Barkin (Richmond) e John Williams (Nova York) destacaram cautela em relação aos cortes de juros nos EUA, enquanto, por outro lado, o relatório do Fed expôs um cenário de deterioração no ambiente de crédito.

No final da tarde, a taxa da T-note de dois anos avançava para 4,93%, a do T-note de 10 anos recuava para 4,48% e a do T-bond de 30 anos caía para 4,64%. Com isso, pode-se dizer que os juros dos Treasuries registraram volatilidade, começando em queda ao longo da curva e recuperando as perdas durante a manhã, antes de retornar ao vermelho.

Os investidores digeriram os sinais divergentes em relação à política monetária do Fed. Nesta segunda-feira, Barkin comentou sobre o mercado de trabalho forte nos EUA e apontou que ainda é possível o BC norte-americano ganhar confiança na trajetória que reduza da inflação, mantendo os juros nos níveis atuais.

Por sua vez, Williams reconheceu a possibilidade de eventuais cortes de juros, mas também reforçou que o Federal Reserve está “bem posicionado” para esperar por mais dados.

Nesse mesmo sentido, a Diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, destacou positivamente a resiliência do mercado de trabalho norte-americano. Segundo o “Estadão”, a autoridade demonstrou confiança na trajetória de recuo da inflação em direção à meta no país.

EUA: Dirigentes do BC afastam necessidade de alta dos juros

O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, afirmou nesta segunda-feira (6), que os consumidores estão se tornando mais cautelosos com seus gastos e que observa o início de uma desaceleração no mercado de trabalho durante uma entrevista no evento do Milken Institute, em Los Angeles.

Willams destacou que, portanto, o próximo movimento do Fed “em algum momento” será uma redução nas taxas, na perspectiva do dirigente.

O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, destacou que o atual nível das taxas de juros poderá reduzir a demanda o suficiente para trazer a inflação de volta à meta de 2% do banco.