Europa: avanço da Ômicron preocupa Bancos Centrais

Autoridades monetárias se preocupam com um possível alta ainda maior da inflação

A variante ômicron está avançando rapidamente pelo mundo, fechando fronteiras e gerando novas restrições à atividade econômica. No entanto, os bancos centrais, em vez de afrouxar a política monetária para sustentar suas economias, como fizeram no início da pandemia, estão agindo para diminuir os estímulos e aumentar as taxas de juros.

Na semana passada, o Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco Central Europeu (BCE) agiram para apertar a política monetária em resposta às preocupações com a inflação. O movimento reflete um novo pensamento sobre os efeitos econômicos da pandemia: funcionários do Banco Central temem que um aumento nos casos da covid-19 também possa prolongar a alta inflação.

Os governos estão relutantes em impor novas medidas restritivas,  por conta dos possíveis impactos econômicos da medida.

Os cientistas ainda estão estudando os efeitos do Ômicron. Até agora, a cepa parece se espalhar mais rápido do que as variantes anteriores e é capaz de escapar da imunidade de vacinas e infecções anteriores, por outro lado pode causar sintomas mais leves.

No Reino Unido, as infecções pela nova cepa somaram 24.968 até o início do período da noite desta sexta-feira (17), uma alta de 10 mil casos em relação às 24 horas anteriores.

A Holanda declarou que entrará em estado de lockdown, a fim de conter o avanço da Ômicron no país. O Instituto Nacional de Saúde Pública holandês informou 15.433 novos casos de covid-19, uma queda de 25% em relação a semana passada, mas ainda assim acima do pico de qualquer outra onda no país.