Economia

Exportação brasileira à China supera US$ 100 bi em 2023

As projeções apontam que a demanda deve manter o ritmo em 2024

As exportações brasileiras para a China ultrapassaram a marca de bilhões, ao registrar um superávit comercial recorde de US$ 51,1 bilhões em 2023. Esse valor representou mais da metade do saldo comercial total do Brasil no mesmo período, que também atingiu uma marca histórica de US$ 98,8 bilhões.

Para 2024, as expectativas apontam para uma desaceleração na economia chinesa. Apesar disso, especialistas preveem que a China continuará sendo uma parceira comercial significativa para o Brasil. O desempenho do comércio entre os dois países em 2023 superou em muito o saldo de US$ 28,68 bilhões em 2022.

O aumento do superávit comercial com a China foi impulsionado pelo crescimento das exportações brasileiras para o país asiático e também pela redução das importações do Brasil. As exportações para a China aumentaram 16,6% em 2023 em comparação com o ano anterior, totalizando US$ 104,31 bilhões. 

Esse desempenho contrastou com o aumento de apenas 1,7% no total das exportações brasileiras, de acordo com dados divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic). Consequentemente, a participação da China nas exportações brasileiras aumentou de 26,8% em 2022 para 30,7% no ano passado.

Balança comercial alcança superávit recorde

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 8,904 bilhões em setembro, de acordo com a divulgação da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), nesta segunda-feira (2). 

O número alcança um recorde na série histórica do mês de setembro, iniciada em 1989. Na comparação mensal, o valor equivale a uma alta de 153,1% frente ao mesmo período do ano passado.

Do total das atividades comerciais de setembro, as vendas do Brasil para o exterior concentram US$ 28,431 bilhões, enquanto as importações, US$ 19,527 bilhões, segundo a nota da pasta.

Levando em conta as exportações diárias, houve uma alta de 4,4%, impulsionadas pelo setor agropecuário que registrou uma alta de US$ 59,41 milhões. 

Em nota, o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, apresentou expectativas ainda mais otimistas que os números, ao afirmar que há expectativa de recorde do saldo comercial em 2023.

“Com os resultados ao longo do ano, as previsões se mantiveram, e agora com essa nova projeção, temos a expectativa de ter um saldo de US$ 93 bilhões, mais de 50% superior ao recorde anterior, que foi o de 2022”, disse em coletiva de imprensa.