Doença

Exportação de frango: Newcastle deve pressionar os preços, diz AEB

No pior cenário, até 60 mil toneladas do frango brasileiro a ser exportado sofreria impacto negativo pela doença

Foto: Pexels
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Os preços da exportação da carne de frango pelo Brasil devem ser pressionados pela confirmação de um caso da doença de Newcastle em uma granja comercial no Rio Grande do Sul (RS), segundo avaliação de José Augusto de Castro, presidente-executivo da AEB (Associação do Comércio Exterior do Brasil).

Esse é um dos efeitos possíveis da recente ocorrência sanitária, disse ele, assim como o aumento da concorrência por espaço no mercado internacional e imposições de embargos por outros países.

“Isso pode ter impacto no preço, com alguns compradores aproveitando esse momento de incerteza para realização de negócios em situação mais confortável”, comentou Castro sobre as exportações.

“O Brasil é o principal mercado exportador do mundo e me parece natural que outros países busquem aproveitar para colocar seus produtos no mercado”, acrescentou, de acordo com o “InfoMoney”.

Castro ainda chamou atenção às perdas econômicas diárias que o País enfrenta, com a paralisação de embarques para exportação da carne de frango aos países que o Ministério da Agricultura escolheu pelo autoembargo. 

“Podemos pegar o valor que o Brasil exporta por um ano a esses mercados e dividir por 365 dias para ver quanto se perde diariamente. É um valor considerável”, disse o executivo.

Newcastle pode impactar 60 mil toneladas de exportação de frango

A expectativa de Ricardo Santin, presidenta da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) é de que o impacto, no pior cenário, seria de até 60 mil toneladas ou, aproximadamente, 15% da exportação da carne de frango mensalmente.

A interrupção da exportação do grafo brasileiro devida a Newcastle não afeta apenas o comércio direto, destacou Castro, mas toda a cadeia produtiva. 

“O impacto não é apenas na venda de frango, mas em toda a cadeia de produção. Se tiver menos frango sendo vendido, haverá menos demanda por soja e milho. Portanto, o impacto é em toda a cadeia de produção.”

Para o presidente da AEB, são necessárias soluções rápidas e eficazes, com uma abordagem que minimize os impactos negativos.

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