Parceiros comerciais

Exportações do Brasil para a China crescem 49,1% no 1º bimestre

Segundo o Incomex, divulgado pela FGV, alta foi puxada pelo petróleo, minério de ferro e soja

Contêineres
Logistics and transportation of Container Cargo ship and Cargo plane with working crane bridge in shipyard at sunrise, logistic import export and transport industry background.

O volume de exportações do Brasil para a China no primeiro bimestre de 2024 cresceram 49,1%, comparado ao mesmo período do ano passado.

A informação foi apontada pelo Icomex (Indicador de Comércio Exterior), divulgado nesta quarta-feira (20) pelo FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

Durante o período, as trocas comerciais com o país asiástico corresponderam a 43% do superávit de US$ 11,9 bilhões registrado pela balança comercial brasileira.

Quanto aos demais parceiros comerciais do Brasil, as exportações para os EUA cresceram 21,5% no primeiro bimestre, em volume, e avançaram 20,5% para a Ásia – excluídos China e Oriente Médio.

Alta na exportação foi puxada pelo petróleo, minério de ferro e soja

Nas exportações para a China, o petróleo correspondeu a 25% das vendas brasileiras, enquanto a soja tem uma fatia de 22% e o minério de ferro, de 25%.

“Um índice de concentração de 72% em três produtos. No primeiro bimestre, a participação da China nas exportações brasileiras foi de 29,1%, com aumento em valor de 47% nas exportações (alta de 49,1% em volume). O saldo foi de US$ 5,2 bilhões, 43% do superávit total do Brasil”, frisa o FGV/Ibre.

Minério de ferro cai pela 2ª semana em meio dados fracos na China

Os contratos futuros de minério de ferro apresentaram expressivo recuo no dia 1º de março, num cenário em que há incertezas relacionadas a formuladores de políticas na China, e a 5ª contração consecutiva da atividade industrial chinesa.  

O país é o principal mercado consumidor de minério e deve anunciar medidas para auxiliar a economia. 

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado da Bolsa de Dalian, da China, fechou o pregão com queda de 1,75%, a 871,5 iuanes (US$ 121,09 dólares) a tonelada. Na semana, a queda é de 3,6%.

Também em ritmo negativo, o minério de ferro de referência para abril, em Singapura, recuou 1,55%, cotado a US$ 113,3, o menor preço desde 24 de outubro de 2023. Em sete dias, a perda foi de 4,7%.

A pressão sobre os formuladores de políticas na China aumentaram, após a última contração da atividade industrial. Contudo, uma pesquisa do setor privado apontou que tanto o volume quanto a produção cresceram com mais força, elevando a confiança das companhias a uma máxima de 10 meses. As informações são do “InfoMoney”.

Por um lado, é esperado que parlamentares do país asiático divulguem planos mais moderados de incentivo ao setor. Contudo, há aqueles que aguardam uma política mais ousada para sanar os desequilíbrios estruturais chineses.