O Ministério da Fazenda deve revisar para baixo a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano e manter para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2024 e nos três anos seguintes, segundo apurou o Valor Econômico.
Atualmente, a Fazenda projeta um IPCA de 3,55% e meta de inflação, estabelecida pelo CNM (Conselho Monetário Nacional), de 3% para o ano de 2024.
A estimativa para o PIB deste ano é de 2,2%. Para 2025, a projeção é de 2,8%, enquanto para os anos de 2026 e 2027 é de 2,5% e 2,6%, respectivamente.
As projeções da pasta para o IPCA, PIB e outras variáveis econômicas são publicadas no Boletim Macrofiscal. O documento será divulgado na quinta-feira (21).
Números do último Boletim Macrofiscal
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda reduziu de 3,2% para 3% a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2023 no último Boletim Macrofiscal, divulgado em novembro.
Segundo o Ministério da Fazenda, a revisão no crescimento foi motivada pela expectativa de crescimento zero no PIB no terceiro trimestre, ante previsão anterior de expansão de 0,1%. A pasta também atribuiu a projeções menos otimistas para o setor de serviços no restante do ano.
A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 4,85% para 4,66%. A estimativa ficou levemente abaixo da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior é 4,75%. Para 2024, a estimativa avançou de 3,4% para 3,55%.
Segundo a SPE, o processo de desinflação ocorreu mais rápido do que o inicialmente projetado, principalmente para os componentes subjacentes (que desconsideram energia e alimentos), levando a inflação para dentro do intervalo proposto pelo regime de metas já em 2023.