A pesquisa Radar Febraban, divulgada nesta quinta-feira (26), indicou que para a maioria dos brasileiros a vida pessoal, familiar e o País irão melhorar no próximo ano. Ao todo foram cerca de 75% de respostas otimistas em relação a 2025
Esse número é 1 ponto porcentual acima de dezembro do último ano, quando 74% dos brasileiros estavam otimistas quanto aos tópicos em questão.
Além disso, outros 80% dos brasileiros avaliam, conforme dados da pesquisa da Febraban, que em 2024 sua vida pessoal e familiar melhorou (46%) ou ficou igual (34%).
O emprego e a renda foram as categorias mais bem avaliadas, com escolha de 23% dos respondentes da pesquisa, no quesito de áreas nas quais os brasileiros sentiram melhora. Em seguida vieram os segmentos de saúde (9%) e educação (7%).
Porém, quanto às expectativas para 2025, cerca de 68% acreditam que a inflação e o custo de vida irão aumentar, assim como a taxa de juros (68%).
“De um lado, o período que se encerra teve um viés positivo para as pessoas e as famílias, com a alta do emprego, mas também foi influenciado negativamente pela seca, queimadas e pelo noticiário de alta da Selic, dos juros e da inflação”, disse Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipesp (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), que aplicou o levantamento.
Cerca de 2 mil pessoas de todas as regiões do Brasil foram entrevistadas para o Radar Febraban entre os dias 5 a 9 de dezembro.
Febraban alerta para ‘irracionalidade nos ativos financeiros’
O presidente da Febraban (Federação dos Bancos do Brasil), Isaac Sidney, alertou para o cenário atual do Brasil como desvantajoso para todos os setores da economia. Enquanto acompanha a votação das leis orçamentárias e fiscais, faz o diagnóstico: “A forte deterioração das expectativas, no plano fiscal e monetário, levou os ativos para um patamar disfuncional e insustentável.”, em entrevista ao Valor Econômico.
Congresso, governo e mercado não tem nada a comemorar com uma Selic alta, inflação acima da média e dólar alto, reforçou o dirigente, com uma distância clara entre o banco central realizando leilões para impedir a alta do dólar e a reação pífia do mercado frente às tentativas. Assim como um presidente que se recusa a reconhecer um problema fiscal do país enquanto parlamentares já planejam um aumento de orçamento antes mesmo de votarem seu limite.
Sidney é categórico quando o assunto é aumento da dívida pública do Brasil: precisa ser estancada. Houve uma histeria nesta terça-feira (17) com a circulação em grupos de whatsapp de uma fala do próximo presidente do BC (Banco Central) Gabriel Galipolo descolada do percurso do câmbio do ajuste fiscal.