Em 2024, a carteira de crédito no país avançou puxada pelo fornecimento de crédito para pessoas físicas, que deverá registrar alta de 11,9%. O mês de dezembro deve registar alta de 1,7%, resultando em um saldo total de crescimento de 10,8% no ano passado.
Para este ano, porém, a previsão é de crescimento menor, aponta a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Os dados são da pesquisa especial de crédito da Febraban, divulgada mensalmente como uma prévia da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central.
Segundo a entidade, o crédito para pessoas físicas “tendo sido um importante canal para o consumo das famílias, com destaque para linhas de veículos e de crédito pessoal”.
De acordo com a Federação, as projeções são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país, que representam, a depender da carteira de crédito, de 42% a 88% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional (SFN). A divulgação da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito será feita pelo Banco Central em 27 de janeiro.
Febraban: sem ajuste fiscal, choque de juros para conter inflação será elevado
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou um documento sobre a inflação de 2024 e as perspectivas para 2025. Segundo a entidade, caso o BC (Banco Central) precisa fortalecer a inflação sem desenvolvimento com a política econômica, o choque de juros deverá ser muito elevado, comprometendo o bom desempenho da atividade econômica distribuída até agora.
“Neste sentido, é importante que a política fiscal também continue dando sua contribuição”, destacou o documento da Febraban, segundo o Valor .
A entidade mencionou que o Ministério da Fazenda iniciou esforços no final de 2024, com o pacote de ajuste de gastos, mas alertou que o trabalho não pode parar. “Precisamos avançar com essa pauta, considerando inclusive as condições ainda bem adversárias e incertas do cenário internacional, que tem se mostrado cada vez menos benigno para os países emergentes. Com um fiscal interno mais robusto, evitaremos uma piora mais aguda da inflação e do poder de compra da população, sem comprometer demasiadamente a economia”, afirmou o texto.