Consumo

Febraban: crédito para as famílias cresce, mas 2025 deve marcar desaceleração

Cenário econômico mais desafiador, com juros mais elevados, deve gerar crescimento menor, diz entidade

Busca por antecipação de crédito cresce 14% em abril ante março, mas cai na comparação anual
Busca por antecipação de crédito cresce 14% em abril ante março, mas cai na comparação anual / Foto: Unsplash

Em 2024, a carteira de crédito no país avançou puxada pelo fornecimento de crédito para pessoas físicas, que deverá registrar alta de 11,9%. O mês de dezembro deve registar alta de 1,7%, resultando em um saldo total de crescimento de 10,8% no ano passado.

Para este ano, porém, a previsão é de crescimento menor, aponta a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Os dados são da pesquisa especial de crédito da Febraban, divulgada mensalmente como uma prévia da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central.

Segundo a entidade, o crédito para pessoas físicas “tendo sido um importante canal para o consumo das famílias, com destaque para linhas de veículos e de crédito pessoal”.

De acordo com a Federação, as projeções são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país, que representam, a depender da carteira de crédito, de 42% a 88% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional (SFN). A divulgação da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito será feita pelo Banco Central em 27 de janeiro.

Febraban: sem ajuste fiscal, choque de juros para conter inflação será elevado

Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou um documento sobre a inflação de 2024 e as perspectivas para 2025. Segundo a entidade, caso o BC (Banco Central) precisa fortalecer a inflação sem desenvolvimento com a política econômica, o choque de juros deverá ser muito elevado, comprometendo o bom desempenho da atividade econômica distribuída até agora.

“Neste sentido, é importante que a política fiscal também continue dando sua contribuição”, destacou o documento da Febraban, segundo o Valor .

A entidade mencionou que o Ministério da Fazenda iniciou esforços no final de 2024, com o pacote de ajuste de gastos, mas alertou que o trabalho não pode parar. “Precisamos avançar com essa pauta, considerando inclusive as condições ainda bem adversárias e incertas do cenário internacional, que tem se mostrado cada vez menos benigno para os países emergentes. Com um fiscal interno mais robusto, evitaremos uma piora mais aguda da inflação e do poder de compra da população, sem comprometer demasiadamente a economia”, afirmou o texto.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile