SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e o Ministério da Justiça discutem a elaboração de uma estratégia nacional de combate ao crime cibernético.
Isaac Sidney, presidente da federação, se reuniu nesta sexta-feira (10) com o ministro Anderson Torres. Eles iniciaram as tratativas para a criação de um fórum, que segundo a Febraban deve seguir os moldes da estratégia de combate à corrupção e lavagem de dinheiro, lançada em 2003.
O Brasil tem desde 2020 uma estratégia de segurança cibernética, chamada de E-Ciber, decretada pelo governo federal, com princípios e diretrizes a serem seguidos pelos setores público e privado.
Segundo a Febraban, a proposta debatida nesta sexta visa ampliar “a identificação e repressão dos responsáveis pelos crimes, expandir o conhecimento técnico das forças de segurança e promover a cooperação permanente entre agentes públicos e privados”.
Lançado em novembro do ano passado, o Pix, sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, tem sido usado para aplicação de golpes por bandidos, que tiram vantagem da facilidade e da rapidez da funcionalidade. Clientes poderão em breve escolher limites de transferência por horário, segundo anúncio do Banco Central no dia 27 de agosto.
De acordo com a Febraban, a estratégia a ser criada junto ao Ministério da Justiça terá como instrumento o desenvolvimento de um conjunto de plataformas de compartilhamento de dados de fraudes por meios digitais, além de apoio à capacitação das forças de segurança a partir do o laboratório para o tema na federação.
Não existem normas sobre compartilhamento de informações sobre incidentes e vulnerabilidades entre o setor público e o setor privado, segundo o Instituto Igarapé. Uma resolução do BC, de 2018, determina que as instituições financeiras devem desenvolver iniciativas para o compartilhamento de informações sobre incidentes –considerando o dever de sigilo e a livre concorrência.