Economia

Fed: ata do Fomc cita crescimento forte da economia no 3° tri

Segundo a ata, os dirigentes do Fed concordaram que estavam em posição de proceder com “cautela”

O Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano) divulgou nesta terça-feira (21) a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). De acordo com o documento, todos os dirigentes do órgão monetário concordaram que estavam em posição de proceder com “cautela”. Segundo o documento, a economia dos EUA cresceu em ritmo forte no terceiro trimestre, com fortes ganhos de emprego e uma baixa taxa de desemprego.

Ao mesmo tempo, a ata do FOMC mostrou que inflação dos preços ao consumidor permaneceu elevada, embora mostrasse sinais de arrefecimento.

Segundo o documento, ao definir que os juros seriam mantidos entre 5,25% e 5,5% na reunião de 10 de novembro, o Fed comentou que a orientação seria adequada à política monetária. 

Por fim, os membros do Fed estariam preparados para ajustar a orientação da política monetária caso surjam riscos que possam impedir a realização dos objetivos do Comitê. “Os membros também concordaram que as suas avaliações levariam em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, disse a ata.

Morgan Stanley e Goldman Sachs divergem sobre trajetória do Fed

Morgan Stanley e a Goldman Sachs estão divergindo sobre a trajetória futura do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA). O primeiro espera que a instituição promova cortes de juros profundos nos próximos dois anos à medida que a inflação esfria. Já o outro banco prevê menos reduções e um início do ciclo de flexibilização mais tardio.

De acordo com o Morgan Stanley, a tendência é que o Fed comece a cortar em junho do ano que vem, depois novamente em setembro e em todas as reuniões a partir do quarto trimestre, em cortes de 0,25 ponto percentual a cada vez.

A Goldman Sachs, por sua vez, prevê a primeira redução de 0,25 ponto percentual apenas no quarto trimestre de 2024, seguida por apenas um corte por trimestre até meados de 2026. 

As previsões da Goldman estão mais próximas das projeções que o Fed divulgou em setembro, que sinalizam só dois cortes de 0,25% no ano que vem.