Fed: ata do Fomc diz que integrantes consideraram pausa nas taxas

Segundo documento do Fed, muitos integrantes pensaram em manter a taxa de juros estável

O Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) divulgou nesta quarta-feira (12) a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). De acordo com documento, muitos integrantes da instituição monetária chegaram à reunião dos últimos dias 21 e 22 de março acreditando que seria apropriado manter a taxa de juros estável, mas optaram por mais uma alta.

Segundo a ata, alguns diretores do Fed observaram que interromper o ciclo de alta dos juros permitiria mais tempo para o FOMC avaliar os efeitos econômicos dos recentes desenvolvimentos do setor bancário e do aperto da política monetária.

Apesar disso, esses mesmos participantes também julgaram apropriado aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual por conta do compromisso de reduzir a inflação para a meta de 2% de longo prazo.

Na última reunião do FOMC, os integrantes do Federal Reserve concordaram que a inflação permaneceu bem acima da meta e que os dados recentes sobre a inflação forneceram poucos sinais de que as pressões inflacionárias estavam diminuindo em um ritmo suficiente para retornar a inflação a 2%.

Além disso, os dirigentes do Fed também observaram que os desenvolvimentos recentes no setor bancário provavelmente resultariam em condições de crédito mais restritas para famílias e empresas e afetariam a atividade econômica e a inflação.

A ata também informou que alguns participantes apoiavam um aumento de 50 pontos-base, argumentando que a inflação estava persistentemente alta e que os dados econômicos recentes vieram fortes.

“No entanto, devido ao potencial de desenvolvimentos do setor bancário para apertar as condições financeiras e pesar sobre a atividade econômica e a inflação, eles julgaram prudente aumentar o intervalo da meta em um incremento menor nesta reunião”, alegou o documento do Fed. 

Fed fatura US$ 58,8 bi em 2022, queda de 45%

O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) faturou US$ 58,8 bilhões em 2022, abaixo dos US$ 107,9 bilhões em 2021. A redução representa uma queda de 45,5%, afirmou o próprio Fed em 24 de março.

Taxas de juros mais altas elevaram a quantidade de dinheiro que o Fed coloca em saldos pertencentes a seus bancos depositantes, como informou o veículo Dow Jones Newswires.

A partir de setembro, esses pagamentos excederam a receita do Fed de sua carteira de ativos, que é composta principalmente por títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas.

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