O Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, anunciou, nesta quarta-feira (18), que cortou as taxas de juros norte-americanas em 0,25 p.p., indo de 4,75% para 4,50%. A variação é 1 p.p. abaixo do nível visto em setembro, quando a autarquia começou a “relaxar” a política monetária.
O movimento já era esperado por analistas do mercado financeiro. Segundo especialistas, a decisão do Fed é apoiada pelos recentes dados referentes ao mercado de trabalho dos EUA e pela desaceleração da inflação no país.
Além disso, os membros do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) projetam cortes nas taxas de juros de 0,50 pb (pontos-base) em 2025 e outros 0,50 pb em 2026.
Economia está crescendo mais rápido que o esperado pelo Fed, mas ainda está resiliente
A política rigorosa, iniciada em 2021 para reduzir a inflação norte-americana, parece estar dando sinais de flexibilização. Contudo, é incerto quanto, ou com que rapidez, as taxas serão reduzidas em 2025. Essas dúvidas surgem porque a inflação dos EUA ainda está acima da meta de 2% do Fed, e a economia do país está crescendo mais rápido que o esperado — tanto pelas autoridades quanto pelo mercado.
Além disso, há a perspectiva de que as políticas fiscais e de imigração do presidente eleito Donald Trump possam alterar o atual cenário.
Por outro lado, especialistas ouvidos pelo BP Money apontam que a economia do país ainda consegue se manter robusta. “Embora a dinâmica da inflação inspire alguma preocupação, os dados não devem alterar significativamente a expectativa de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros nesta reunião”, afirmou recentemente Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.