1º corte desde 2020

Fed corta juros dos EUA em 0,50 p.p., para 4,75% a 5%

Havia uma grande expectativa em torno do primeiro corte nas taxas de juros pelo Fed em mais de quatro anos

Fed Jerome Powell
Federal Reserve / (Fed) Foto: Divulgação

Fomc (Comitê de Mercado Aberto), do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, anunciou nesta quarta-feira (18) o corte da taxa básica de juros de 0,50 p.p.

A taxa, que estava no intervalo de 5,25% a 5,50% desde julho de 2023, foi reduzida para 4,75% a 5% ao ano. Trata-se do primeiro corte em mais de quatro anos, período em que o banco central norte-americano impôs condições restritivas para conter a inflação.

O banco havia elevado a taxa 11 vezes a partir do início de 2022 e matinha os juros em patamares elevados desde julho de 2023.

Havia uma grande expectativa em torno do primeiro corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em mais de quatro anos. Desse modo, o anúncio do Fed veio como esperado pelo mercado nacional e internacional.

A decisão do Comitê do Fed não foi unânime, uma vez que Michelle Bowman votou pelo corte de 0,25 p.p. Votaram a favor da redução de 0,50 p.p: Jerome Powell; John Williams; Thomas Barkin; Michael Barr; Raphael Bostic; Lisa Cook; Mary Daly; Beth Hammack; Philip Jefferson; Adriana Kugler; e Christopher Waller.

A redução da taxa de juros nos EUA era amplamente esperada no início do ano, porém a resiliência da economia levou à manutenção dos juros entre 5,25% e 5,5% por um período mais prolongado. Diferente do Brasil, nos EUA as taxas de juros são estabelecidas dentro de uma faixa.

Fed atribui corte a progresso na inflação

Em comunicado, o Fed atribuiu o corte ao progresso da inflação norte-americana, bem como ao equilíbrio dos riscos e à atividade econômica, que “continua a se expandir em um ritmo sólido”.

“Os ganhos de emprego diminuíram, e a taxa de desemprego aumentou, mas permaneceram baixas. A inflação avançou em direção à meta de 2% do Comitê, mas ainda está um pouco um elevado”, declarou o formulador de política monetária dos EUA.

Além disso, o Banco Central dos EUA sinalizou que está monitorando o aumento da taxa de desemprego, mas acredita que o crescimento não é significativo. A entidade estima que a taxa fique em 4,4% ao final de 2024 e de 2025.

Já para a inflação PCE, a estimativa é que fique em 2,3% ao final de 2024, abaixo da projeção de 2,6% realizada em junho. Os membros do comitê acreditam que o núcleo deve ficar em 2,6%, contra os 2,8% estimados anteriormente.

Para 2026, o Fed projeta que a inflação PCE fique na meta de 2,0%, já para 2025, o indicador inflacionário deve ficar em 2,1%.

Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano, o Fed prevê um crescimento de 2,0% em 2024, ante os 2,1% estimados em junho.



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