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Foto: Fed de Chicago

Austan Goolsbee, presidente da distrital do Fed (Federal Reserve) de Chicago, afirmou nesta segunda-feira (30) que os cortes de juros “serão muitos” nos EUA. A motivação para as reduções, segundo ele, é clara e não tem nada a ver com política.

“O Fed está cortando os juros porque a economia está se normalizando, o mercado de trabalho segue resiliente, a inflação está chegando perto da meta”, disse o dirigente em entrevista à “FoxBusiness”.

Nesse cenário, cortar os juros está na ordem do dia, mesmo que alguns dados de mercado de trabalho ainda requeiram atenção, disse Goolsbee.

O dirigente do Fed de Chicago não é membro-votante do Comitê Fomc (Federal de Mercado Aberto) neste ano, mas passará a ser a partir de 2025.

Fed: “podemos ficar confortáveis com decisão”, diz dirigente

A melhor maneira de explicar a decisão do Fed (Federal Reserve) de cortar a taxa de juros em  ponto percentual foi a inflação se aproximando da meta de 2%, disse William C. Dudley, 10º presidente e diretor executivo do Fed de Nova York.

Para o executivo do Fed “podemos ficar bastante confortáveis com o fato de esta ter sido uma decisão da Powell”, por conta das projeções econômicas.

“Esse é sempre um mantra que usamos, quanto mais confiantes estivermos de chegar ao objetivo de 2%, então poderemos começar a reduzir as taxas”, afirmou Dudley durante participação no JSafra Brazil Conference 2024.

O mercado de trabalho começou a perder, e diferentes indicadores mostraram que esse setor estava mais brando do que era meses atrás, explicou o executivo.

“Os dados relativos aos salários, aos postos de trabalho por preencher e aos trabalhadores desempregados começaram a descer para níveis inferiores aos da pandemia”, ressaltou.

Inflação de 2% e emprego máximo sustentável consistente, esses dois objetivos estão agora em equilíbrio. Agora, se os dois objetivos estão em desequilíbrio, isso significa que a política monetária deve ser neutra”, disse Dudley.

“No fim do dia, eu penso que Powell decidiu que, dada a distância a que se encontram da neutralidade, talvez precisemos de avançar com um pouco mais de entusiasmo do que se pensava”, prosseguiu.