O Fed (Federal Reserve) deve manter suas taxas de juros estáveis em uma reunião de política monetária de dois dias nesta semana, mas deve iniciar os cortes nas taxas de juros já em setembro, ao reconhecer que a inflação se aproximou da meta de 2% do Banco Central dos EUA.
Antes da reunião do Fed, que ocorrerá em 30 e 31 de julho, os formuladores de políticas estavam relutantes em se comprometer com o primeiro corte nas taxas de juros, mas comemoraram os dados divulgados recentemente, que apontavam que as pressões sobre os preços estavam se reduzindo.
A inflação está se aproximando da meta do Fed, e evidências dos mercados de emprego, imobiliário e outros apontam que essa tendência de melhora seguirá.
Dados divulgados na sexta-feira (26) mostraram que o índice de preços de despesas de consumo pessoal preferido do Fed, que estava acelerando em até 7,1% na comparação anual, avançou 2,5% em junho, após uma valorização de 2,6% em maio.
Esse cenário, que mostra que as pressões sobre os preços estão diminuindo, deve ser suficiente, de acordo com a “Reuters”, para que os formuladores de política monetária do Fed alertem sobre sua descrição da inflação como “elevada” na declaração de política da próxima semana.
Fed: Diretor diz que momento de corte nos juros está se “aproximando”
Christopher Waller, diretor do Federal Reserve (Fed), afirmou que “estamos nos aproximando” do momento para considerar um corte na taxa de juros do banco central dos EUA. No entanto, a incerteza em torno da trajetória da economia norte-americana torna difícil prever quando essa medida poderá ser implementada.
“Embora eu não acredite que tenhamos chegado ao nosso destino final, acredito que estamos nos aproximando do momento em que um corte na taxa de juros é justificado”, disse ele.
Waller destacou que o crescimento econômico está progredindo em um ritmo mais moderado, enquanto o mercado de trabalho mostra maior equilíbrio, acompanhado por uma desaceleração da inflação.