Economia

FED: inflação de janeiro dificulta decisões, diz dirigente

Para o dirigente do FED, os relatórios divulgados na semana passada “sublinham o desafio que tivemos nos dados recentes”

O presidente do FED (Federal Reserve) de Richmond, Thomas Barkin, afirmou, nesta quarta-feira (21), que os dados da inflação captados no mês de janeiro, com preços ao consumidor e no atacado subindo mais rápido que o previsto, complicam as próximas decisões do banco central dos EUA sobre a taxa de juros

Para o dirigente do FED, os relatórios divulgados na semana passada “sublinham o desafio que tivemos nos dados recentes”, de acordo com informações da Reuters. Além disso, mostram também uma desaceleração da inflação dependente da queda dos preços dos bens. 

Isto, ao passo que, a inflação de moradia e serviços seguiu resiliente, disse Barkin  em entrevista à rádio Sirius XM. Apesar disso, ele resultou em dar “muito peso” aos dados de janeiro, especialmente por conta de questões sazonais. “Isso definitivamente não tornou as coisas mais fáceis. Tornou as coisas mais difíceis”, afirmou o diretor do FED. 

Diretor do FED diz que dólar não deve perder status de moeda global

O diretor do FED (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Christopher Waller, considera improvável que o dólar perca a posição de moeda de reserva global ou a primazia no comércio internacional.

“Desdobramentos recentes que alguns alertaram poderiam ameaçar esse status, no mínimo, reforçaram-no, pelo menos até agora”, afirmou nesta quinta-feira (15) em discurso durante evento na Universidade de Bahamas.

O dirigente ressaltou que a divisa norte-americana beneficia a economia mundial por representar uma forma de dinheiro “segura e estável”, que fornece um denominador comum às trocas entre diferentes países. Assim, empresas e famílias enfrentam custos menores para as transações, de acordo com ele.

Waller minimizou a análise prevalente em alguns círculos acadêmicos de que o dólar será prejudicado pela fragmentação global, fenômeno que descreve a separação do planeta em diferentes e, por vezes, adversários de blocos de comércio. Segundo ele, quase 60% das reservas mundiais estão denominadas na moeda americana, com o euro em segundo lugar com apenas 20%.