"Em um ano ou dois”

Fed: dirigente espera que inflação retorne à meta de 2% 

Kashkari destacou os esforços do Fed para controlar o ritmo da inflação

Foto: freepik
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Neel Kashkari, dirigente da distrital do Fed (Federal Reserve) de Mineápolis, expressou sua opinião nesta quinta-feira (20), afirmando que acredita ser necessário “um período de um a dois anos” para que a inflação retorne à meta de 2%.

Durante sua participação na Convenção da Associação dos Banqueiros de Michigan, Kashkari destacou os esforços do Fed para controlar o ritmo da inflação, apesar do vigoroso crescimento econômico.

Ele também mencionou que o aumento dos salários ainda persiste, representando um desafio para alcançar a meta de inflação.

Kashkari discutiu os desafios enfrentados pela economia norte-americana, enfatizando sua resiliência e indicando sinais de desaceleração em alguns aspectos. “O cenário para os juros dependerá no comportamento da economia”, afirmou.

Dirigentes acreditam que podem levar ‘meses ou trimestres’ 

Alberto Musalem, presidente do Federal Reserve de Saint Louis, declarou nesta terça-feira, 18, que apoiou as decisões de política monetária tomadas recentemente por seus colegas, observando sinais de desinflação em andamento nos EUA.

No entanto, ele ressaltou que o cenário ainda exige cautela e não justifica uma redução das taxas de juros.

Musalem, que este ano não participa das votações, afirmou que os dirigentes do Fed podem precisar de “meses ou trimestres” para ganhar a confiança necessária para considerar cortes nas taxas.

O presidente do Fed destacou que as taxas de juros atuais são restritivas e estrategicamente posicionadas, permitindo uma resposta rápida se necessário.

“Antes de apoiar o corte, preciso de mais sinais de desinflação e de moderação da demanda e da oferta”, disse.

Durante um discurso na CFA Society, Musalem evitou descartar a possibilidade de um novo aumento nas taxas de juros, embora não acredite que isso seja o cenário mais provável.

Ele afirmou que, se a desinflação mostrar sinais de estagnação antes de se aproximar da meta de 2% ao ano, ele apoiaria um novo ajuste para cima nas taxas.

Ainda assim, Musalem considera mais provável uma desaceleração na demanda, no consumo e no mercado de trabalho, conforme indicam os dados recentes.

A autoridade também mencionou que as leituras de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) sugerem uma redução “confortável” na inflação do PCE em maio, o que seria positivo para o Fed.