O Federal Open Market Committee (FOMC), do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), elevou a sua taxa de juros, pela primeira vez desde 2018, em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 0,25% e 0,5% ao ano, em linha com a projeção dos analistas.
A alteração da taxa já elevou o custo das hipotecas residenciais e outros tipos de crédito em antecipação à atuação do Fed para conter a alta dos preços, que já está no ritmo mais forte em 40 anos.
O Fed já havia sinalizado que iria realizar um primeiro aumento. O presidente da instituição, Jerome Powell, declarou, segundo Uol, que a organização está confiante para administrar os riscos de inflação, mas acrescenta que ainda há receios em relação aos impactos que a guerra entre Rússia e Ucrânia podem causar.
“Estou inclinado a propor uma alta de 0,25 ponto percentual. Estamos preparados para agir com mais agressividade, elevando os juros acima dos 25 pontos por uma ou mais reuniões e a inflação não cair até o final do ano como esperamos”, disse Powell em seu último depoimento ao Congresso norte-americano, de acordo com a CNN.
No início deste ano, o mercado entrou em desacordo quanto às estimativas. Uma publicação do InfoMoney mostrou que antes de chegar ao consenso de um aumento entre 0,25% e 0,50%, era esperado que a taxa de juros fosse alterada até sete vezes.
Havia a expectativa de uma redução do balanço, a partir de maio, pelo Bank of America (BofA), ao passo que o BNP Paribas aguardava que houvesse novos ajustes de 0,25 ponto percentual em cada reunião, exceto novembro, até o fim de 2022. Já o Goldman Sachs disse que deve ocorrer uma elevação em março, maio, julho, setembro e dezembro, podendo chegar a 1,5%.
O Fed também elevou a inflação nos Estados Unidos para 4,3%, acima do esperado pelo mercado, que previa um ajuste das projeções para perto algo próximo de 3%. Para 2023, a expectativa saltou de 2,3% para 2,7%.