Conforme apontado pela CME Group (Chicago Mercantile Exchange), as chances de abertura do ciclo de corte na taxa de juros dos EUA para junho deste ano, pelo FED (Federal Reserve), caíram a 60%.
O movimento de espera ocorre por conta do desconforto do mercado com o cenário inflacionário persistente no país. De acordo com o InfoMoney, havia 58,4% de probabilidade de que o FED cortasse os juros na metade do ano.
A ferramenta da CME consolida um patamar mais provável de relaxamento da política monetária, no valor acumulado, de 75 pontos base, para o final de. Nessa linha, a possibilidade seria 34,5%.
Apesar disto, a visão daqueles que esperam uma queda ainda mais moderada, de 50 pontos-base, tem ganhado força (25,4%), no levantamento.
Semana de dados mexe com FED
Os números da inflação foram impactantes nos EUA e colocaram em questão a narrativa de um alívio progressivo na política monetária, segundo portal de notícias.
O CPI (índice de preços ao consumidor) do país norte-americano, para o mês de fevereiro, teve alta pelo terceiro período consecutivo. O índice subiu 0,4% frente ao crescimento de janeiro.
Os números alinharam-se às expectativas do mercado. Comparando com o intervalo anual, fevereiro de 2023, o CPI avançou 3,2%. Os dados também superam a comparação feita em janeiro, que ficou em 3,1%.
PPI dos EUA avança 0,6% em fevereiro
O PPI (Índice de Preços ao Produtor) dos EUA avançou 0,6% em fevereiro, um avanço em comparação ao crescimento de 0,3% registrado em janeiro, informou nesta quinta-feira (14) o Departamento do Trabalho.
Numa base não ajustada, a inflação ao produtor avançou 1,6% nos doze meses encerrados em fevereiro. O resultado é o maior desde o observado em setembro de 2023 – 1,8%.
Os números vieram mais altos do que o previsto pelos consenso LSEG, que esperavam um avanço de 0,3% em fevereiro e 1,1% nos doze meses.