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Fed: impacto da política de Trump levanta receios sobre inflação

“Houve discussão sobre a possibilidade de desacelerar ou pausar a redução dos ativos do balanço", disse ata

Foto: Fed (Federal Reserve) / CanvaPro
Foto: Fed (Federal Reserve) / CanvaPro

As primeiras diretrizes de política econômica do presidente dos EUA, Donald Trump, têm alimentado preocupações no Fed (Federal Reserve) — o Banco Central norte-americano — em relação ao risco de alta da inflação. O receio surge à medida que empresas informam a autarquia que planejam aumentar preços para repassar os custos das tarifas de importação. As informações constam na ata da última reunião do Fed, divulgada nesta quarta-feira (19).

No último encontro do Fomc (Federal Open Market Committee), encerrado em 29 de janeiro, os membros decidiram por unanimidade manter os juros na faixa atual de 4,25% a 4,50%.

“Houve discussão sobre a possibilidade de desacelerar ou pausar a redução dos ativos do balanço, considerando a dinâmica em torno do teto da dívida federal, que voltou a vigorar”, diz a ata.

Os investidores aguardavam a divulgação do documento em busca de sinais sobre como as autoridades norte-americanas avaliam as novas políticas comerciais do governo Trump, em um encontro que manteve a taxa de juros inalterada.

Musk indica que Fed pode ser alvo de auditoria

O bilionário e agora membro do governo de Donald Trump, Elon Musk, fez uma publicação em seu perfil no X, indicando que o Fed (Federal Reserve), deve ser alvo de auditoria pelo Doge (Departamento de Eficiência do Governo, que atualmente está sob seu comando.

O empresário afirmou, em resposta a outro usuário na rede social, que o Fed, autoridade responsável pela política monetária dos EUA, não está acima dos poderes de auditoria do Doge.

“Todas as partes do governo devem ser totalmente transparentes e responsáveis perante o povo. Nenhuma exceção, incluindo, se não especialmente, o Federal Reserve”, escreveu Musk.

Juiz bloqueia DOGE, de Musk, de acessar sistema do Tesouro

O juiz federal de Nova York Paul Engelmayer restringiu o acesso do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), de Elon Musk, ao sistema de pagamentos do Departamento do Tesouro, como informou a Dow Jones neste sábado (8).

De acordo com o magistrado, isso é necessário para evitar a possível divulgação de informações confidenciais e impede que funcionários sem as devidas autorizações acessem o sistema até pelo menos a próxima sexta-feira (14). A decisão inclui nomeados políticos e especiais do presidente dos EUA, Donald Trump.

Além disso, a decisão proíbe que qualquer pessoa que tenha tido acesso aos registros a partir da posse de Trump destrua essas informações. Uma audiência sobre o assunto está marcada para sexta-feira (14).