Alvo de 2% ao ano

Fed: juros atual pode levar inflação à meta, diz dirigente

"O Fed sabe como reagir caso isso [desaceleração significativa] aconteça”, disse Thomas Barkin

Foto: Pexels / Dólar
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Thomas Barkin, presidente do Fed (Federal Reserve) de Richmond, disse  estar confiante com o fato que os juros no patamar atual podem reduzir a demanda e levar a inflação à meta anual de 2%, apesar das preocupações.

O dirigente do Fed fez as declarações em evento na cidade de Columbia, nos EUA. Segundo Barkin, embora não veja um superaquecimento na economia do país, o Fed “sabe como reagir caso isso aconteça”. 

Se acontecer da economia norte-americana desacelerar mais que o previsto, “o Fed tem poder de fogo suficiente para apoiá-la conforme necessário”, pontuou ele, de acordo com o “Valor Econômico”.

Outro reforço do dirigente do Fed foi de que a instituição quer ganhar mais confiança no caminho da inflação. “Com um mercado de trabalho forte, temos tempo para ganhar essa confiança”, finalizou.

Fed: confiança pode aumentar se nível do payroll continuar 

Austan Goolsbee,  presidente da distrital de Chicago do Fed (Federal Reserve) – BC dos EUA – afirmou que se mais indicadores  do mercado de trabalho, como o divulgado nesta sexta-feira (3), podem aumentar a confiança no processo de desinflação, gerando mais conforto para o início do ciclo de corte nos juros. 

“Quanto mais relatórios de emprego assim tivermos, mais confiantes poderemos estar de que a economia não está superaquecendo”, disse Goolsbee em entrevista à Bloomberg.

Segundo ele, o Fed precisa ter conforto de que a inflação mais alta no começo de 2024 não é um sinal de reaceleração da alta nos preços. 

Mesmo não tendo direito à voto nas decisões do Fomc (Federal Open Market Committee), Goolsbee acredita que se o tom do Fed seguir restritivo por muito tempo, será preciso pensar nos impactos sobre o emprego. 

Diretora reforça que queda da inflação tem obstáculos

Enquanto isso, Michelle Bowman, diretora do Fed, reforçou, durante discurso em uma convenção anual de banqueiros, nesta sexta-feira, que segue observando que a inflação cairá ainda mais “com taxas de juros estáveis”.

No entanto, ela também ressaltou enxergar “uma série de riscos inflacionários” que são obstáculos a essa expectativa, de acordo com o “Valor Investe”.

Bowman, ao contrário de Goolsbee, tem direito a voto nas decisões do Fed e disse ver progressos no processo de desinflação no 1TRI24. Além disso, segundo ela, os preços “continuam muito mais elevados do que antes da pandemia, o que pesa no sentimento do consumidor”.

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