O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira (13) que manteve a taxa básica de juros nos EUA entre 5,25% a 5,50%. Na última reunião, ocorrida em novembro, a instituição monetária optou pelo mesmo movimento, dando uma pausa no aperto monetário. É a terceira reunião seguida que o banco faz o mesmo movimento monetário.
A decisão veio em linha com o esperado pela maioria dos analistas. O monitor de juros FedWatch, do CME Group, apontava até o início desta tarde que 98,2% do mercado apostava na manutenção da taxa, enquanto 1,8% ainda previa uma alta de 0,25 ponto percentual.
“Indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econômica abrandou face ao ritmo forte registado no terceiro trimestre. Os ganhos de emprego moderaram desde o início do ano, mas permanecem fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada”, destacou o Fed, em comunicado.
Os membros da instituição também informaram que continuarão avaliando informações adicionais e as suas implicações para a política monetária. “Ao determinar a extensão de qualquer reforço adicional da política que possa ser apropriado para fazer a inflação regressar a 2% ao longo do tempo, o Comitê terá em conta o aperto cumulativo da política monetária, os desfasamentos com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e os efeitos econômicos e desenvolvimentos financeiros.
Além disso, o Fed comunicou que continuará reduzindo as suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos garantidos pelas hipotecas das agências.
CPI: nos EUA, inflação ao consumidor sobe 0,1% em novembro
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA apresentou uma leve alta de 0,1% em novembro, após mostrar estabilidade em outubro, segundo dados com ajuste sazonal divulgados pelo Departamento do Trabalho americano, na manhã de terça-feira (12).
Os resultados vieram em linha com a expectativa dos analistas, que previa uma variação estável de 0,0%, na leitura mensal, de acordo com o consenso Refinitiv. Além disso, os especialistas também esperavam uma inflação de 3,1% na base atual.
Em outubro de 2022, a alta foi de 3,1%. O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de alimentos e energia, teve alta mensal de 0,3% (ante 0,2% em outubro), enquanto o avanço anual nessa leitura foi de 4,0%.
O índice de habitação, chamado de “shelter”, manteve o movimento de aplicação apresentado no mês anterior. De acordo com os dados da autoridade norte-americana, o aumento em novembro foi de 0,4%. O índice de energia caiu 2,3% durante o mês, com um declínio de 6,0% na gasolina compensando aumentos nos demais componentes de energia.
O índice de alimentos, por sua vez, aumentou 0,2% em novembro, depois de subir 0,3% em outubro. A alimentação no domicílio aumentou 0,1% no mês e o índice de alimentação fora de casa subiu 0,4%.