Economia

Fed mantém taxa de juros dos EUA entre 5,25% e 5,5%

O Fed manteve a pausa no ciclo de aperto monetário

O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira (1º) que manteve a taxa básica de juros nos EUA entre 5,25% a 5,50%. Na última reunião, ocorrida em setembro, a instituição monetária optou pelo mesmo movimento, dando uma pausa no aperto monetário.

A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado. De acordo com o monitor de juros do CME Group, uma fatia de 98,1% do mercado apostava na manutenção da taxa, enquanto 1,9% previa uma alta de 0,25 ponto percentual.

Em comunicado, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed escreveu que, ao avaliar a orientação adequada da política monetária, continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas e que está preparada para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado.

“As avaliações levarão em conta uma vasta gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, afirmou o Fed.

Na visão da diretoria da autarquia, os indicadores recentes sugerem que “a atividade econômica expandiu a um ritmo forte no terceiro trimestre”. Além disso, o Fed avalia que “a inflação continua elevada”.

O Fomc manteve também a mensagem de que está “fortemente empenhado” em fazer com que a inflação regresse à meta estabelecida de 2%.

Para finalizar, além da decisão sobre os juros, o Fed informou que continuará a reduzir as suas participações em títulos do Tesouro e títulos garantidos por hipotecas de agências.

“O FOMC veio totalmente dentro do esperado com a taxa de juros mantida e zero surpresas, o que agradou o mercado. O Fed continua com discurso de olhar o andamento dos dados de emprego e economia para decidir para frente o que fazer, destacando que a política restritiva de juros somada ao mercado de crédito apertado devem impactar negativamente em geração de empregos e inflação”, disse Marcelo Oliveira, sócio-fundador da Quantzed.

Powell diz que economia forte ainda pode exigir alta de juros 

Em 19 de outubro, o presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, afirmou que a força da economia norte-americana e o mercado de trabalho ainda apertado podem justificar novos aumentos da taxa de juros.

“Estamos atentos aos dados recentes que mostram a resiliência do crescimento econômico e da demanda por mão de obra. Evidências adicionais de crescimento persistentemente acima da tendência, ou de que o aperto no mercado de trabalho não está mais diminuindo, podem colocar em risco o progresso da inflação e justificar um novo aperto da política monetária”, afirmou Powell em comentários ao Clube Econômico de Nova York.

Segundo o banqueiro, os dirigentes do Fed tomarão decisões sobre a extensão do reforço adicional da política, como novas altas de juros.

“Uma série de incertezas, tanto antigas como novas, complicam a nossa tarefa de equilibrar o risco de apertar demasiado a política monetária com o risco de apertar demasiado pouco”, avaliou Powell.

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