EUA

Fed mantém taxa de juros entre 4,25% e 4,5%

De acordo com o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), a decisão ocorre em meio a uma expansão da atividade econômica "a um ritmo sólido"

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Foto: Fed (Federal Reserve) / CanvaPro

O Fed (Federal Reserve) optou pela manutenção da taxa de juros dos EUA entre 4,25% e 4,5%, como divulgou a instituição em comunicado divulgado nesta quarta-feira (19). De acordo com o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), a decisão ocorre em meio a uma expansão da atividade econômica “a um ritmo sólido”.

Outro fator para a decisão é a estabilização da taxa de desemprego em um nível baixo nos últimos meses e as condições sólidas do mercado de trabalho, segundo o comunicado. “A inflação ainda está um pouco elevada”, acrescentou a instituição.

“O comitê busca alcançar o máximo de emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. A incerteza em torno das perspectivas econômicas aumentou. O comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo. Para apoiar seus objetivos, o comitê decidiu manter a faixa de meta para a taxa dos fundos federais”, diz a nota.

“Ao considerar a extensão e o momento de ajustes adicionais para a faixa de meta da taxa dos fundos federais, o comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, as perspectivas em evolução e o equilíbrio de riscos. O comitê continuará reduzindo suas holdings de títulos do Tesouro, dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências”.

Fed também vai desacelerar ritmo de redução de suas holdings de títulos

Segundo a nota, a partir de abril, o Fed vai desacelerar o ritmo de redução de suas holdings de títulos, diminuindo o limite de resgates mensais de títulos do Tesouro de US$ 25 bilhões para US$ 5 bilhões. Ainda, vai manter o limite de resgates mensais para dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências em US$ 35 bilhões.

“O comitê está fortemente comprometido em apoiar o máximo de emprego e devolver a inflação ao seu objetivo de 2%”, destacou a nota.

“O comitê estará preparado para ajustar a postura da política monetária, se necessário, caso surjam riscos que possam impedir o alcance dos objetivos do comitê. As avaliações vão levar em consideração uma ampla gama de informações, incluindo dados sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, além de desenvolvimentos financeiros e internacionais”, segue a nota.

Votaram a favor da ação de política monetária Jerome H. Powell, Presidente; John C. Williams, Vice-presidente; Michael S. Barr; Michelle W. Bowman; Susan M. Collins; Lisa D. Cook; Austan D. Goolsbee; Philip N. Jefferson; Adriana D. Kugler; Alberto G. Musalem; e Jeffrey R. Schmid.

Votou contra essa ação Christopher J. Waller, que apoiou a manutenção da faixa de meta para os fundos federais sem alterações, mas preferiu continuar com o ritmo atual de redução das holdings de títulos.