À espera da desinflação

Fed mantém taxa de juros entre 5,25% e 5,50% ao ano

A decisão dos membros do Comitê de Mercado Aberto foi unânime

Foto: Pexels
Foto: Pexels

O Fomc (Comitê de Mercado Aberto) do Fed (Federal Reserve), comunicou nesta quarta-feira (12), a decisão de manter, mais uma vez, a taxa de juros entre 5,25% e 5,50% ao ano. 

A decisão dos membros do Comitê do Fed foi unânime. Em comunicado ao mercado, o Fomc disse não considerar que seja apropriado cortar o intervalo da meta até ganhar mais confiança no movimento da inflação, de forma sustentável, à meta de 2%.

Para os diretores do Fed, os indicadores recentes indicam que a atividade da economia segue a se expandir em um ritmo sólido nos EUA. 

“Os ganhos de emprego permaneceram fortes e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação diminuiu no último ano, mas continua elevada. Nos últimos meses, houve um progresso modesto em direção à meta de inflação de 2% do Comitê”, diz o texto.

Conforme informado pelo Fomc, a autarquia busca atingir o máximo de emprego e inflação na casa de 2% no longo prazo. 

“O Comitê avalia que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação caminharam para um melhor equilíbrio no ano passado. As perspectivas econômicas são incertas e o Comitê permanece muito atento aos riscos de inflação”, consta no comunicado.

Avaliando a orientação adequada para a política monetária, o Fomc seguirá acompanhando as implicações das informações recebidas para os cenários da economia. 

“O Comitê estaria preparado para ajustar a postura da política monetária, conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir o alcance das metas”, disse o Fed.

Leituras sobre o mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, bem como os desenvolvimentos financeiros e internacionais serão observados, segundo o Comitê do Fed.

Inflação dos EUA pode levar 3 anos para cair a 2%, diz pesquisa

Uma pesquisa regional de Cleveland do Fed (Federal Reserve) mostrou que a inflação nos EUA pode não chegar à meta de 2%, estipulada pelo autoridade monetária, até meados de 2027. 

Isto porque os impactos inflacionários gerados pelos choques da pandemia, em maioria, já foram solucionados. Sendo assim, as razões que mantêm a inflação elevada são “muito persistentes”, segundo escreveu Randal Verbrugge, economista do Fed de Cleveland, em um estudo divulgado na quinta-feira 930).

As cadeias de suprimentos voltando ao normal ajudaram  uma com o progresso recente da inflação, o que gerou queda nos preços de alguns produtos, de acordo com a “Bloomberg”. 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile