Autoridades componentes do Banco Central Norte-americano (FED) informaram em dezembro que o mercado de trabalho estava “muito acirrado” e que pode ser necessário que o BC dos EUA não apenas aumente as taxas de juros antes do esperado, mas também reduza sua carteira geral de ativos para conter a alta inflação.
As informações foram vistas na ata da reunião de política monetária de 14 a 15 dezembro, divulgada nesta quarta-feira (5).
“Os participantes em geral observaram que pode ser necessário aumentar a taxa ‘federal funds’ mais cedo ou em um ritmo mais rápido do que os participantes haviam previsto anteriormente. Alguns também destacaram que poderia ser apropriado começar a reduzir o tamanho do balanço do Federal Reserve relativamente logo depois do começo do aumento da taxa” de juros, afirmou a ata.
O documentodisponibilizava mais detalhes sobre a mudança do Fed em dezembro de 2021 em direção a uma política monetária mais agressiva contra a inflação.
Os analistas de política monetária estavam de acordo com a aceleração do fim do programa de compras de títulos implementado no início da pandemia e emitiram previsões que anteciparam aumentos somados de 0,75 ponto percentual nos juros durante o ano de 2022.
Na ata, era possível ver que o banco central não debateu somente um aumento inicial das taxas de juros, mas também se deveria usar um segundo mecanismo para conter a inflação ao permitir que suas alocações em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas diminuíssem.
A reunião de dezembro do ano passado foi realizada quando a contagem de casos de coronavírus começou a aumentar devido à disseminação da variante Ômicron.
Os casos de contaminação cresceram rapidamente desde então, e ainda não houve comentários de autoridades do alto escalão do Fed que indicassem se a mudança na situação de saúde mudou seus pontos de vista sobre a política monetária apropriada.
O chair do Fed, Jerome Powell, vai comparecer ao Comitê Bancário do Senado na semana que vem para uma audiência referente a sua nomeação para um segundo mandato de quatro anos como chefe do banco central, e é provável que atualize suas opiniões sobre a economia na ocasião.