SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O passageiro que deixou de circular pelos aeroportos desde o início da pandemia e planeja voltar na próxima temporada de viagens de verão deve encontrar mudanças com a adoção da tecnologia de embarque por reconhecimento facial biométrico, segundo as projeções do Ministério da Infraestrutura.
Até dezembro deve ser definido o modelo de negócios, última fase antes da comercialização da tecnologia, que vem sendo testada nos últimos meses com a coordenação da SAC (Secretaria de Aviação Civil). A avaliação é que existe interesse das companhias aéreas e aeroportos privados em adotar o modelo.
O ministério diz esperar que o consumidor não tenha aumento no preço das passagens porque o embarque digital reduz custos operacionais das companhias aéreas, como a diminuição do tempo de aeronave em solo.
A fase de testes chegou neste mês aos dois últimos aeroportos do projeto piloto, Brasília e Ribeirão Preto (SP). Segundo o ministério, o teste vai servir de showroom para as dez empresas de tecnologia que participaram doando as interfaces de leitura biométrica para rodar o programa desenvolvido pelo Serpro, empresa federal de tecnologia.
Chamado de Embarque + Seguro, o projeto já foi testado em destinos como Florianópolis, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo em parceria com as companhias aéreas.
Mais de 2,6 mil brasileiros fizeram check-in até hoje e embarcaram nos aviões só com a identificação do rosto, sem cartão de embarque e documentos de identidade. A operação dura cerca de três segundos por passageiro, de acordo com a pasta.