Economia

FGV aponta leve queda no índice de custo da construção em outubro

Na análise regional, três das sete capitais pesquisadas registraram redução em suas taxas de variação

 O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) registrou uma ligeira desaceleração em outubro, marcando 0,20%, em comparação com o aumento de 0,24% em setembro, de acordo com o relatório divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Com esse resultado, a taxa acumulada nos últimos 12 meses pelo indicador alcançou 3,37%.

No detalhamento dos componentes do INCC-M, a mão de obra apresentou uma desaceleração, passando de 0,48% para 0,29% em outubro, enquanto materiais, equipamentos e serviços avançaram de 0,07% para 0,14%.

Analisando as subcategorias, os materiais e equipamentos apresentaram aceleração (0,04% para 0,07%), com destaque para a aceleração nos materiais utilizados na estrutura (de -0,13% para -0,02%). Os serviços também mostraram aceleração nessa leitura (0,38% para 0,79%), impulsionados principalmente pelo item “projetos” (0,19% para 0,68%).

O INCC-M de outubro foi influenciado negativamente por itens como vergalhões e arames de aço ao carbono (de -1,71% para -0,82%), massa de concreto (de 1,17% para -0,28%), esquadrias de ferro (de 0,0% para -0,54%), cimento Portland comum (de -1,14% para -0,29%) e massa corrida para parede (de 0,54% para -0,63%).

Por outro lado, contribuíram para o aumento do índice estaca de concreto (de 0,0% para 2,10%), blocos de concreto (de 0,44% para 0,58%), projetos (de 0,19% para 0,68%), aluguel de máquinas e equipamentos (de 0,78% para 1,47%) e elevador (de 0,21% para 0,59%).

Na análise regional, três das sete capitais pesquisadas registraram redução em suas taxas de variação: Salvador (de 0,21% para 0,0%), Rio de Janeiro (de 0,35% para 0,05%) e Porto Alegre (de 0,85% para 0,42%). Por outro lado, houve aceleração em Brasília (de 0,26% para 0,47%), Belo Horizonte (de 0,12% para 0,47%) e Recife (de -0,02% para 0,05%), enquanto São Paulo manteve a mesma taxa de variação nas duas leituras (0,13%). A desaceleração no INCC-M reflete as variações de custo na construção no país e é fundamental para entender as tendências do setor e a economia de maneira mais ampla.

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