A confiança do consumidor subiu 0,6 ponto em dezembro, chegando a 75,5 pontos em uma escala que tem em 100 seu ponto de neutralidade, aponta levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
No entanto, por outro lado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou um recuo de 3 pontos em relação a dezembro de 2020. Houve também uma leve queda de 0,1 ponto, pela média móvel trimestral, após três meses consecutivos de queda.
Enquanto que na comparação anual, o medidor também refletiu um tombo de 2,6 pontos no acúmulo anual, em comparação com 2020, fechando o ano em queda, aponta o estudo da FGV.
A coordenadora de sondagens do FGV Ibre, Viviane Seda Bittencourt, avalia que este foi um ano mais árduo para consumidores de menor poder aquisitivo. “O descolamento entre a confiança dos consumidores de baixa renda dos de alta renda atingiu o maior nível da série dos últimos 17 anos, principalmente em função da dificuldade financeira dos consumidores de menor nível de renda diante do quadro de desemprego, inflação elevada e aumento do endividamento”, afirma.
A deterioração das realidade financeira das famílias foi um fator que culminou na piora da avaliação dos consumidores sobre a situação atual. O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 2,9 pontos, para 59,2 pontos, menor valor desde abril deste ano.