Economia

FGV: indicador antecedente de emprego tem maior queda em quase 2 anos

O que o indicador sinaliza é uma cautela maior da iniciativa privada em abrir vagas, para os próximos meses, segundo o FGV Ibre

Foto: CanvaPro
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O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), calculado pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) caiu 1,4 ponto em setembro, para 81,7 pontos, consagrando a maior queda desde novembro de 2022, quando recuou 6,7 pontos.

O que o indicador sinaliza é uma cautela maior da iniciativa privada em abrir vagas, para os próximos meses. A influencia para isso seriam as expectativas do empresariado por uma desaceleração da economia em 2025, bem como o ciclo de alta da Selic (taxa básica de juros), conforme a avaliação do economista Rodolpho Tobler, do FGV Ibre.

As projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2025, de mercado, lembrou o economista, seguem abaixo das estimativas para este ano.

“Quando se vê uma volta de aumento de juros, quando se vê uma volta de um processo de economia mais fraca, naturalmente eles [os empresários] também têm uma reação um pouco mais negativa [em contratar]”, resumiu, segundo o “Valor”.

Sobre o desempenho do índice, na prática, sinalizar piora do futuro do emprego no Páis, ele ponderou que o que se tem no Brasil no momento é um mercado “bastante aquecido” que pode ficar mais “morno” nos próximos meses.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o trimestre móvel encerrado em agosto teve uma taxa de desemprego em 6,6%, a menor do início da série histórica, de 2012.

“Creio que poderia ficar mais próxima a 7% porque a tendência agora, de fato, é a economia dar uma certa esfriada” no ano que vem, comentou o economista do FGV Ibre.

FGV: confiança empresarial atinge maior nível em 3 anos 

A confiança empresarial, medida no mês de julho, chegou ao maior nível em 3 anos. O principal impulso foi o otimismo generalizado nos setores de comércio, serviços, construção e indústria, afirmou o superintendente de estatísticas do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), Aloisio Campelo Jr.

O ICE (Índice de Confiança Empresarial), calculado pela instituição subiu 1,3 ponto entre junho e julho, atingindo 97,6 pontos. O número foi o maior desde novembro do ano passado, na época o resultado foi de 1,4 ponto. 

Uma série de fatores favoráveis contribuíram para esse resultado, disse Campelo, de acordo com o “Valor”.

“A indústria e a construção estão em bons momentos. A construção, em particular, está em uma boa fase após anos sem crescimento”, frisou o superintendente da FGV-Ibre.

Enquanto isso, a confiança da indústria cresceu 3,3 pontos e a da construção subiu 0,9 ponto, no período de junho para julho. 

Na observação de Campelo, há um bom desempenho no setor de bens de capital, com um retorno de investimentos na economia, incluindo a renovação de máquinas e equipamentos, o que beneficiou a indústria da transformação.

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