O Monitor do PIB da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta terça-feira (16), mostrou alta de 0,3% em maio frente a abril. Para Claudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do FGV/Ibre, os resultados sinalizaram taxa positiva para o PIB do 2TRI24, que será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), em setembro.
A leitura do indicador do FGV mostrou que a economia brasileira, em maio, teve o melhor desempenho em 4 meses.
Além disso, no trimestre que findou em maio, o Monitor que mensura a atividade econômica avançou 1,9% contra o mesmo trimestre de 2023.
O economista da FGV também vê que apesar da estimativa do FMI (Fundo Monetário Internacional), que revisou a projeção do PIB de 2024 para baixo, em 2,1%, a economia do Brasil “pode crescer acima disso” este ano.
“Eu não me espantaria se crescesse mais [que a projeção do FMI]” , afirmou. O principal fator que baseou a avaliação do economista foi um cenário de demanda aquecida, com potencial de continuidade, de acordo com o “Valor”.
Pesquisador do FGV indica que o consumo das famílias cresceu em maio
O economista observou que o Monitor do PIB de maio é uma comprovação de que o consumo interno está em alta no país.
“Creio que tivemos em maio um aumento maior do ‘PIB da demanda’ do que do ‘PIB da oferta’”, afirmou. “O consumo das famílias cresceu muito em maio” resumiu.
Além disso, Considera também fez ponderações de que o cenário era favorável para demanda interna aquecida, com o emprego tendo bom desempenho, o que impulsiona a massa salarial.
Os programas de transferência de renda do governo também influenciaram. “E o consumo das famílias foi bem concentrado em serviços, em maio”, frisou o economista da FGV.
Pelo lado da demanda, os serviços representam quase 70% do total do PIB, esse ponto caiu na comparação de maio para abril – em 0,1% – mas cresceu na comparação anual – em 2,2%.