Fitch rebaixa rating dos EUA de AAA para AA+

Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete a deterioração fiscal esperada para os próximos três anos

A Fitch rebaixou o rating de emissor de inadimplência a longo prazo e moeda estrangeira (IDR, na sigla em inglês) dos EUA de AAA para AA+, com perspectiva estável. De acordo com a agência de rating, o rebaixamento reflete a deterioração fiscal esperada para os próximos três anos.

Em comunicado, a Fitch ainda deu destaque para uma erosão relativa da governança em relação aos pares ‘AA’ e ‘AAA’ nos últimos 20 anos que se manifestou em repetidos impasses de limite de dívida e resoluções de última hora.

“Na visão da Fitch, houve uma deterioração constante nos padrões de governança nos últimos 20 anos, inclusive em questões fiscais e de dívida, apesar do acordo bipartidário de junho para suspender o limite da dívida até janeiro de 2025”, escreveu a agência.

O rebaixamento da Fitch surge após um acordo sobre o teto da dívida dos EUA, realizado em junho.

Fitch eleva nota de crédito do Brasil para “BB”

A agência de classificação de risco Fitch divulgou um relatório nesta quarta-feira (26) em que elevou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável.

De acordo com a Fitch, a decisão reflete desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado. Nesse sentido, a agência citou no relatório divulgado ao mercado, a expectativa de que o novo governo trabalhará para mais melhoras. A Fitch ainda destacou que espera que as novas regras fiscais e medidas tributárias no Brasil ancorem uma consolidação fiscal gradual.

“As tensões políticas persistem, mas não resultaram em resultados econômicos ou políticos adversos e refletem o funcionamento eficaz dos freios e contrapesos em alguns casos”, afirmou a agência.

A nota do Brasil, em suma, foi rebaixada pela Fitch para o patamar BB-, em 2018, em meio à crise política e fiscal e pela não aprovação de reformas, como a da Previdência. De acordo com as agências de risco, a nova classificação ainda indica um “grau especulativo”— o que coloca o Brasil como um país menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas com incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.

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