Uma análise da Fitch Ratings, agência de classificação de risco, indicou que a piora das condições econômicas no Brasil por causa dos juros em alta e da constante desvalorização do real ameaça negócios das empresas.
A agência avaliou as perspectivas para as companhias na América Latina em 2025 e alertou para eventuais impactos da recente piora das condições do mercado no Brasil. A Fitch precificou que o PIB (Produto Interno Bruto) do País deve desacelerar este ano.
Diante de um crescimento esperado de 3,1% em 2024, a agência espera uma redução para 2% em 2025, segundo a “ CNN Brasil”.
“A recente desvalorização do real poderia exacerbar as pressões inflacionárias, com o Banco Central continuando a aumentar as taxas de juros”, alerta a Fitch.
As empresas da América Latina, no geral, fizeram um bom gerenciamento das finanças e passivos nos últimos anos, segundo a agência. Por isso, estão melhor preparadas para eventuais medidas de Donald Trump, como a adoção de tarifas mais altas a países que exportam para os EUA.
Dessa forma, será possível limitar o risco de piora nas companhias devido à expectativa de menor crescimento do PIB da região e da economia mundial.
Fitch melhora perspectiva da Vale (VALE3) de estável para positiva
A Fitch Ratings anunciou nesta terça-feira (29) que revisou a perspectiva para a Vale (VALE3) de estável para positiva após o acordo multimilionário da companhia com a BHP e a Samarco para reservas e compensação pelo rompimento da barragem em Mariana (MG).
A Fitch também reforçou a classificação “BBB” para os IDRs (Ratings de Inadimplência do Emissor) da Vale.
A revisão da perspectiva “reflete a eliminação de um obstáculo importante nas classificações da Vale, uma vez que as incertezas ambientais e os riscos de questões pertinentes são mais limitados, após o recente acordo da Samarco, além de sua escala crescente e diversificação para um mix de produtos ferrosos de maior valor agregado”, disse a agência de classificação de risco, de acordo com o “InfoMoney”.
“A Fitch espera que a Vale continue comprometida com um perfil de baixa alavquagem e gere fluxos de caixa robustos, enquanto enfrenta preços mais baixos do minério de ferro e equilibra oportunidades de crescimento e retornos aos acionistas”, completou.