O FMI (Fundo Monetário Internacional) cortou sua projeção do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA em 2022 de 2,9% para 2,3%. De acordo com o Fundo, a redução ocorre por conta de pressões inflacionárias.
“Essas pressões se espalharam rapidamente por toda a economia. As expectativas da inflação no longo prazo começaram a subir e as perspectivas de inflação de curto-prazo vão aumentar ainda mais”, explicou o FMI.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou na última terça-feira (12) que a economia global estava enfrentando um “risco crescente de uma crise da dívida” à medida que se recupera da pandemia de covid-19 e enfrenta um dólar historicamente forte.
Os comentários do chefe do FMI acontecem em um momento em que os países em desenvolvimento tomaram grandes empréstimos durante a pandemia e lutam para pagar suas dívidas. Com o fortalecimento do dólar em 2022, os custos dos empréstimos aumentaram, fazendo com que muitas nações estejam passando por problemas financeiros.
O FMI prevê que o “forte impulso subjacente” da economia dos EUA deve perder fôlego ao longo dos próximos dois anos. O Fundo avalia que o maior risco de baixa atual seria um aperto monetário abrupto nas condições financeiras.
O Fundo ainda projeta que a taxa de desemprego dos EUA esteja em 3,7% no fim deste ano e em 4,6% até o final de 2023. Já para a taxa média dos juros básicos nos EUA, prevê 1,5% neste ano, 3,8% em 2023 e 3,5% em 2024.
As projeções do FMI chegaram um dia antes da divulgação do Índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês). Divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Departamento do Trabalho americano, o índice subiu 1,3% em junho na comparação com maio. Na comparação com junho de 2021, a alta foi de 9,1%. É a maior alta desde 1981.