Economia

FMI: dinheiro digital pode levar avanços aos países insulares

O FMI aponta que a implementação do dinheiro digital precisa ser “bem concebida e governada”, além de ser adequada à complexidade da região.

Foto: Divulgação
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O dinheiro digital pode trazer muitos avanços para países insulares, com acesso a sistemas de pagamento desenvolvidos, inclusão financeira e mitigação de relações correspondentes. A afirmação foi feita pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) em texto publicado na semana anterior.

Contudo, o FMI aponta que a implementação do dinheiro digital precisa ser “bem concebida e governada”, além de ser adequada à região e à complexidade de sua política monetária.

Os setores bancários e de prestação de serviços de pagamento devem ter maturidade para lidar com determinado tipo de dinheiro digital, considerando que ele deve ser o que melhor funcione para os países insulares do Pacífico.

Países insulares são países independentes cujo território é composto por uma ilha ou um conjunto de ilhas.

A título de exemplo, um CBDC (moeda digital do banco central) de dois níveis — em que a instituição emite, mas transfere as operações para interceptores privados — pode ser mais benéfico para países com moeda nacional.

As stablecoins lastreadas em moedas estrangeiras poderiam ser uma alternativa realista para regiões sem moedas próprias, mesmo que só possa ser realizada regulamentação e supervisão robustas, conforme antecipado pelo “InfoMoney”.

FMI: independência de BCs é importante para controle da inflação

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, publicou um artigo no blog da instituição em que declarou que quanto maior a independência dos BCs (Bancos Centrais), melhor o resultado da inflação ao longo do tempo.

A diretora embasou a afirmativa em estudos realizados pelo FMI. O primeiro analisou diversos bancos centrais no período entre 2007 e 2021.

“O estudo mostra que aqueles com ‘scores’ maiores em relação à independência foram mais bem-sucedidos em manter a expectativa de inflação estável, o que ajuda a manter a inflação baixa. Independência [do BC] é crítica e tem se tornado mais predominante em países com qualquer nível de renda”, declarou Georgieva em artigo, de acordo com o “Valor Econômico”.